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A impressora

Comprei uma impressora nova
mas não consigo calibrá-la.
Alimento-a todos os dias com papel angelical,
mas de todas as vezes que dou ordem de impressão
ela reclama, grita, agita-se, puxa as folhas para o abismo - as cópias saem todas
a cor de sangue e a negro.
.
Com a mente quis configurá-la da forma mais tranquila
para que pudesse responder aos meus chamamentos,
mas ela teima em silenciosamente ficar imóvel.
.
Abri um documento de texto condensado na alma
mas não consegui ver quantos sentimentos
estavam ligados
à caligrafia desordenada do coração.
.
Não sei quanto tempo passou
desde que ela começou a fustigar as folhas.
O sol não brilha, as nuvens estão densas lá fora.
Há um atolamento de papel que me torna frágil.
.
Há uma quebra de energia. Deixou de gritar comigo,
deixou de responder às batidas do coração.
Mas há-de reanimar-se quando eu menos esperar.
Nesse instante hei-de imprimir
o brilho dos teus olhos,
porque pela primeira vez estarás comigo.

Até lá, espero.

rainbowsky

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quarta-feira, junho 16, 2010 - 00:45

Poesia :

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rainbowsky

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Comentários

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Re: A impressora

"Não sei quanto tempo passou
desde que ela começou a fustigar as folhas.
O sol não brilha, as nuvens estão densas lá fora.
Há um atolamento de papel que me torna frágil."

E deste gostei especialmente, Rain, não só pela brilhante criatividade com q construíste esta historia-poema, mas tb por toda a extrema sensibilidade e beleza q veste o poema estrofe a estrofe!
Esta muito bem conseguido!
Beijinho grande em ti!
Inês

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Re: A impressora

Muito criativo Rain, sempre surpreendes-me sempre.
Gosto muito da tua poesia fora do lugar comum.
BEIJOS.

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