Origem do sobrenome de família "Lima" em Portugal(PUBLICAÇÃO Nº2)

(todo este texto como podem verificar é baseado em bibliografias e literaturas históricas de Portugal e do Brasil, as cores e indentações são meramente para relevar o que é mais importante nos textos aqui citados)

LIMA

Uma das principais famílias de Portugal, pois descende de D. Fernão Aires de Baticela, epíteto Anho, que se casou com Dona Teresa Bermudes, filha de D. Bermudo Peres Potestade de Trava e de sua mulher, Dona Teresa Henriques, irmã inteira do rei D. Afonso Henriques, fundadores do mosteiro de Sobrado.

Desse casamento nasceram D. João Fernandes de Lima, o Bom; D. Rui Fernandes Codorniz, que casou e teve geração; D. Gil Fernandes Baticela, que foi marido de Dona Teresa Pais, filha de Paio Mendes Sored e de Dona Ermezenda Nunes Maldonado, com geração; Dona Maria Fernandes, sem outras notícias; e Dona Teresa Fernandes, mulher de D. Lopo Rodrigues de Ulhoa.

D. João Fernandes de Lima, o Bom, foi o primeiro do apelido, que tomou da terra de Lima, na Galiza, a qual se chamava, então, de Límia, por ser daí natural. Recebeu-se com Dona Beringueira Afonso de Baião, filha de Afonso Henriques de Baião e de sua mulher, Dona Teresa Pires de Bragança, (filha de Pedro Fernandes de Bragança, e de sua mulher, Dona Froile Sanches), de quem teve D. Fernão Anes de Lima, continuador da linhagem e apelido.

Casando D. João Fernandes de Lima, pela segunda vez com Dona Maria Pais Ribeiro, filha de D. Paio Moniz e de sua mulher, Dona Urraca Nunes de Bragança, dela houve: a Gonçalo Anes, que parece ter sido morto, junto de Granada, pelos mouros; Dona Teresa Anes, mulher de D. Mendo Garcia de Sousa e Dona Maria Anes, mulher do rei D. Fernando de Leão e depois mulher de D. Afonso Teles de Córdova.

A D. João Ribeiro Gaio, bispo de Malaca, se deve a seguinte quintilha, dedicada aos Lima's: «Os reis godos de Aragão / e os Froyazes, e os de Trava / deste escudo avós são / domados da gente brava / que venceu sua nação.»

São do genealogista Manuel de Sousa da Silva, os versos seguintes, feitos à mesma família: «Fernando Anes de Lima / de Gallisa cá assou / E em Gallisa fundou / A casa de grande estima / Dos Viscondes que gerou.»

No Brasil, no Estado de Minas Gerais, os Lima's estão presentes desde o início do povoamento. No Arquivo Público Mineiro, em Belo Horizonte, na “Seção de Registros de Sesmarias, Fazendas, Sítios e Datas de Mineração”, constam os seguintes documentos:
a)João Lopes de Lima – Bandeirante. Em 16 de julho de 1796, ele chegou ao Ribeirão do Carmo, hoje Mariana/M.G., como membro da bandeira chefiada pelo Coronel-Mor Salvador Fernandes Furtado de Mendonça, o iniciador do povoamento do Estado de Minas Gerais. Foi João Lopes de Lima, o primeiro a encontrar o veio de ouro no Ribeirão do Carmo;
b)Manuel Gomes Lima-1740. Em 30 de janeiro de 1740 ele recebeu meia sesmaria de terras na localidade “Bom Sucesso”, Distrito de Gouveia. Era agricultor e minerador. Códice SC.72, página 57. Data: 30/01/1740. Nota: a localidade denominada “Gouveia”, está localizada no município de Montes Claros (M.G.).
c)Manuel Gomes Lima – 1815. Em 06 de setembro de 1815 ele recebeu uma sesmaria de terras na localidade Ribeirão da Boa Vista, termo de Barbacena. Fazendeiro e minerador. Códice SC. 363, página 57. Data: 06/09/1815.

d)José Gomes Lima – Coronel. Em 31 de maio de 1826 ele recebeu uma sesmaria de terras na localidade Ribeirão do Sacramento, sertão do Rio Doce, termo de Mariana. Era fazendeiro e minerador. Códice SP. 35, página 268. Data: 31/05/1826. Apenas a título de observação, dentro do território da sesmaria do Coronel José Gomes Lima, surgiu o Arraial do Sacramento que, em 06 de junho de 1901 foi elevado a categoria de Distrito com o nome de Santa Isabel. Extinto em 08 de outubro de 1929. Recriado Distrito com o novo nome de Juiraçu pela Lei 336 de 27 de dezembro de 1948. Está localizado no território do município de São Domingos do Prata (M.G.);
e)Joaquim Gomes Lima – Alferes. Na Ata de Caeté de 12 de outubro de 1822 (Proclamação de D. Pedro I como Imperador e Defensor Perpétuo do Brasil), consta a assinatura do Alferes Joaquim Gomes Lima.

Segundo o historiador Luiz Prisco de Braga, em seu livro “Histórias de São Domingos do Prata”, foi o Alferes Joaquim Gomes Lima, quem doou em 1840, um regular terreno para o patrimônio de São Domingos de Gusmão, em São Domingos do Prata, cujo terreno se estendia desde a praça do hospital ao alto do cruzeiro das missões, até a antiga caixa d’àgua da Rua da Volta, abrangindo portanto grande parte do Bairro Caparão. Naquela época, em 1840, sobre a direção e liderança do Alferes Joaquim Gomes Lima, foi demolida a Capela primitiva de Domingues Marques Afonso, o pioneiro e iniciada a construção da nova matriz, provavelmente em vista da criação da freguesia, o que de fato aconteceu três anos depois. Diga-se de passagem que esta segunda matriz, depois de ampliada em diversas oportunidades e por várias reformas, foi demolida por volta de 1960, no paroquiato de Padre Antônio Sebastião de Barros Ferreira, para dar lugar a construção da atual, um pouco acima do local da que foi demolida. Em virtude do trabalho e liderança do Alferes Joaquim Gomes Lima, em 1840, foi possível dotar o então Arraial de São Domingos do Prata de infra-estrutura básica para ser elevado a condição de Distrito do Município de Santa Bárbara, pela Lei no 247 de 20 de julho de 1843. Em seguida foi criada a Freguesia, hoje Paróquia de São Domingos de Gusmão.

O Brasão do sobrenome Lima

As armas antigas dos Limas são: de ouro, quatro palas de vermelho. Modernamente usam as que se descrevem a seguir: escudo partido de dois traços: o primeiro de ouro, quatro palas de vermelho (Lima); o segundo cortado: o primeiro de prata, leão de púrpura, armado e linguado de vermelho (Silva); o segundo de prata, três faixas xadrezadas de vermelho e ouro, de três tiras (Sotomaior); o terceiro do partido cortado de Sotomaior e de Silva. Timbre: o leão das armas.

Fonte: Dicionário das famílias brasileiras.

só mais alguns apontamentos:

Uma lenda da região descreve do seguinte modo o Basto: desmoronava-se o império visigodo, ao embate irresistível dos cavaleiros de Mohgub. Em redor do venerando abade do Mosteiro de S. Miguel de Refojos D. Gelmiro quedou-se apenas uma escassa centúria de devotados servidores, entre eles porém, contava-se um homem gigantesco e ruivo. Era Hermígio Romarigues, parente do fundador do mosteiro que, estendendo a mão enorme, indicava a ponte estreita que vadeava a Ribeira, assegurando convictamente:
“até ali, por S. Miguel! Até ali basto eu”.

 Retirado de http://www.cm-cabeceiras-basto.pt/81

e aqui para finalizar uma outra nota:

O reino da Galiza na monarquia visigótica

Em 585, Leovigildo, rei visigótico de Hispania e Septimania, consegue acabar com a independência política que os reis suevos mantiveram na Galiza desde 409, derrotando o último rei suevo, Andeca. Desde essa altura, o território da chamada então Galécia, passa a fazer parte da órbita de poder de Toledo, donde os monarcas visigóticos exerciam o seu poder depois de serem expulsos da Galia pelos francos. O período de governo visigótico na Galiza não supôs nenhuma mudança brusca, de modo que, excepto as dioceses situadas na Lusitânia, as dioceses galegas continuaram a desenvolver a sua actividade com normalidade, mantendo-se activas as dioceses de Braga, Porto, Tui, Iria, Britonia, Lugo, Ourense, Astorga, Coimbra, Lamego, Viseu e Idanha.

 retirado de http://pt.wikipedia.org/wiki/Reino_da_Galiza


(todo este texto como podem verificar é baseado em bibliografias e literaturas históricas de Portugal e do Brasil, as cores e indentações são meramente para relevar o que é mais importante nos textos aqui citados)

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Friday, July 15, 2011 - 13:32

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