Soneto I: “Amor Caótico”

Liberta-me Ó amor que me domina!
Livra-me de tua própria instância
Que deixa-me entorpecido nesta ânsia
De tua íntima sedução divina

Enlouqueces-me com tua beleza
Tens-me com teu olhar e teu sorrir
Confundes-me com teu modo de agir
Desertas-me num vazio de incerteza

Assim, repentinamente se aflui
Toda esta afabilidade que insiste
E que persiste sobre minha calma

Afim de um sentimento que subsiste
Que faz com que perpetue-se em minha alma
Este anômalo amor que me possui.