" Pautas Falsas, Cantam Verdades "

Num ranco de teus pensamentos
Mergulho obliquo no cabimento
Haverá mulher com esses intentos?
Com esse dom de me levar ao desespero

Um Dom dado pelo Diabo que com colares de búzios que te assobiam
Em magias que me espalham,
Na praia fundiram
Funis de areia em dunas que calam!

Em frialdade de alma que queima almas presas
Com o frio que é a calma
Melancolias densas....

Herde de mim, nada à de esbanjar fortunas
Malbarato em promessas...
Assédios e lacunas...
O resto foram conversas!

Mas tantos que queriam
Tantos te fazem para querer
Porque tu escolhes como iscos
A quem a teia as de tecer...

Eu corro teus vales de noite ao amanhecer
Para te ver em flagrante,
Para ver o que virar acontecer

Eu aclamo um estante
Para te mirar fazer
Um aceno num estante, antes da verdade morrer

Assombras meus passeios
Embebedas minhas valetas
Mirabolantes receios
Por debaixo duma chuva de estrelas

O teu talento é enganar, extremamente lisonjear
Rapidamente intimidar, calmamente hipnotizar
Gelas minha alma com esse vazio cântico
Teus braços agasalham o pouco, como um minimantô

Esta poesia é ridícula
Tal como teus feitos
Corte na película...
Plagio ao ridículo.... luta imbecil entre direitos...

Esta poesia é ridícula por tua culpa
Porque me fazes sem nada
Quero simplesmente me ver livre da tua sombra muda
Que é mais pessoa que tu em ti incorporada....

Pautas de falsa, cantam verdades...
Drupas secas de harmonia ,
Ao meu ruído tétrico o encaixe na docilidade
É um ponto em pausa... sem tom de voz com palavras envolto de caligrafia...