ANABELA

Ai Anabela, Anabela

Ai linda Anabela, Anabela,

Tu não sabes andar à vela,

Agarra – a bem, não a deixes cair,

Só anda à vela quem sabe andar,

Tu só aprendeste a amar,

E andar à vela tu não vais conseguir.

Tu tens o vento a teu favor,

Ele puxa por ti com amor,

Mas se tu não sabes andar à vela,

O vento não te pode ajudar,

Só anda à vela quem sabe andar,

E tu não aprendeste a mexer nela.

Ai Anabela, Anabela, eu te posso ensinar,

A mexer na vela e andar no mar,

Em troca eu não quero nada de ti,

Apenas quero que tu aprendas,

Para que do mar te defendas,

 Como numa história que eu já li.

Tu és linda como uma linda rosa,

És tão fina como uma mariposa,

Tu até podias aprender a voar,

Com as asas da tua inteligência,

Mas andar à vela, tem paciência,

Tu não vais aprender a andar.

Ai Anabela, Anabela, deixa me andar contigo,

Eu quero ser o teu amante preferido,

Este amor, não posso mais esconder,

Deixa – me dar – te um beijo,

Que há muito tempo eu desejo,

És o meu amor que não quero perder.

De ti eu disse que não queria nada,

É mentira, sempre foste a minha amada,

Por isso, eu quero andar contigo à vela,

Seja pelo mar imenso ou pelo infinito,

Vem para mim, à espera de ti eu fico,

Tu és para mim a mais linda Anabela.

Tavira, 23 de Novembro de 2010 - Estêvão