Não tenho pressa …
Não tenho presa nenhuma dúvida que seja,
Não tenho presa dúvida nenhuma a mim,
Absolutamente nenhuma à solta dentro
Do corpo, nas solas as mãos terminam
Onde começam os quatro sentidos d’outros,
Sinto definitivamente não ser ninguém
Neste mundo, demito o tornar-me nesse
Rei do vulgar e do vulgo tal e qual morto
Em lugar findo deste reino onde não reino
E sem dúvida não é meu, demito-me inda
Do peso de sentir por todos a lua que seja
E o mistério dos braços prenderem o corpo
À alma e das gotículas de geada os dedos,
Quadrados cotovelos e o coração absoluto
Zero (noves fora), prefiro as solas aos sapatos
Que alego serem meus e depressa, antes
Que dêem pla falta deles manhã cedo,
Antes do começo dos outros e meu eterno
Delito, término e gémeo falso do infinito,
Qualquer dúvida fica inteiramente entre
Mim e a fala e até que, do falar m’esqueça,
Não tenho pressa …
Jorge Santos(02/2018)
http://namastibetpoems.blogspot.com
Submited by
Poesia :
- Login to post comments
- 2611 reads
Add comment
other contents of Joel
Topic | Title | Replies | Views | Last Post | Language | |
---|---|---|---|---|---|---|
Ministério da Poesia/Aphorism | andorinhão | 0 | 4.227 | 11/19/2010 - 19:13 | Portuguese | |
Ministério da Poesia/Aphorism | sentir mais | 0 | 2.684 | 11/19/2010 - 19:13 | Portuguese | |
Ministério da Poesia/Aphorism | palabras | 0 | 5.352 | 11/19/2010 - 19:13 | Portuguese | |
Ministério da Poesia/Aphorism | A matilha | 0 | 4.610 | 11/19/2010 - 19:13 | Portuguese | |
Ministério da Poesia/Aphorism | ao fim e ao cabo | 0 | 1.953 | 11/19/2010 - 19:13 | Portuguese | |
Ministério da Poesia/Aphorism | o bosque encoberto | 0 | 3.168 | 11/19/2010 - 19:13 | Portuguese | |
Ministério da Poesia/Aphorism | nem teu rubor quero | 0 | 3.608 | 11/19/2010 - 19:13 | Portuguese | |
Ministério da Poesia/Aphorism | em nome d'Ele | 0 | 4.480 | 11/19/2010 - 19:13 | Portuguese | |
Ministério da Poesia/Aphorism | Troia | 0 | 5.100 | 11/19/2010 - 19:13 | Portuguese | |
Ministério da Poesia/Aphorism | desabafo | 0 | 3.825 | 11/19/2010 - 19:13 | Portuguese | |
Ministério da Poesia/Aphorism | Inquilino | 0 | 3.495 | 11/19/2010 - 19:13 | Portuguese | |
Ministério da Poesia/Aphorism | Pietra | 0 | 4.445 | 11/19/2010 - 19:13 | Portuguese | |
Ministério da Poesia/Aphorism | não cesso | 0 | 3.932 | 11/19/2010 - 19:13 | Portuguese | |
Ministério da Poesia/Dedicated | professas | 0 | 3.446 | 11/19/2010 - 19:13 | Portuguese | |
Ministério da Poesia/Aphorism | amor sen'destino | 0 | 3.849 | 11/19/2010 - 19:13 | Portuguese | |
Ministério da Poesia/Aphorism | Balada para um turco | 0 | 3.123 | 11/19/2010 - 19:16 | Portuguese | |
Ministério da Poesia/Dedicated | Francisca | 0 | 4.363 | 11/19/2010 - 19:16 | Portuguese | |
Ministério da Poesia/Aphorism | tudo e nada | 0 | 3.515 | 11/19/2010 - 19:16 | Portuguese | |
Ministério da Poesia/Dedicated | Priscilla | 0 | 3.073 | 11/19/2010 - 19:16 | Portuguese | |
Ministério da Poesia/Aphorism | Asa calada | 0 | 4.998 | 11/19/2010 - 19:16 | Portuguese | |
Ministério da Poesia/Aphorism | flores d'cardeais | 0 | 3.551 | 11/19/2010 - 19:16 | Portuguese | |
Ministério da Poesia/Dedicated | Magdalena | 0 | 4.329 | 11/19/2010 - 19:16 | Portuguese | |
Ministério da Poesia/Aphorism | peito Abeto | 0 | 3.581 | 11/19/2010 - 19:16 | Portuguese | |
Ministério da Poesia/Aphorism | rapaz da tesoura | 0 | 2.690 | 11/19/2010 - 19:16 | Portuguese | |
Ministério da Poesia/Aphorism | Koras | 0 | 5.241 | 11/19/2010 - 19:16 | Portuguese |
Comments
E o mistério dos braços
E o mistério dos braços prenderem o corpo
À alma e das gotículas de geada os dedos,
Quadrados cotovelos e o coração absoluto
Zero
E o mistério dos braços
E o mistério dos braços prenderem o corpo
À alma e das gotículas de geada os dedos,
Quadrados cotovelos e o coração absoluto
Zero
E o mistério dos braços
E o mistério dos braços prenderem o corpo
À alma e das gotículas de geada os dedos,
Quadrados cotovelos e o coração absoluto
Zero
E o mistério dos braços
E o mistério dos braços prenderem o corpo
À alma e das gotículas de geada os dedos,
Quadrados cotovelos e o coração absoluto
Zero
E o mistério dos braços
E o mistério dos braços prenderem o corpo
À alma e das gotículas de geada os dedos,
Quadrados cotovelos e o coração absoluto
Zero
E o mistério dos braços
E o mistério dos braços prenderem o corpo
À alma e das gotículas de geada os dedos,
Quadrados cotovelos e o coração absoluto
Zero
E o mistério dos braços
E o mistério dos braços prenderem o corpo
À alma e das gotículas de geada os dedos,
Quadrados cotovelos e o coração absoluto
Zero
E o mistério dos braços
E o mistério dos braços prenderem o corpo
À alma e das gotículas de geada os dedos,
Quadrados cotovelos e o coração absoluto
Zero
E o mistério dos braços
E o mistério dos braços prenderem o corpo
À alma e das gotículas de geada os dedos,
Quadrados cotovelos e o coração absoluto
Zero
E o mistério dos braços
E o mistério dos braços prenderem o corpo
À alma e das gotículas de geada os dedos,
Quadrados cotovelos e o coração absoluto
Zero