A Faixa que Servia de Fachada
Havia na rua,
Uma faixa de pedestre.
Uma faixa de pedestre,
Havia na rua.
Só não via,
Quem não queria,
Apagada,
Ofuscada,
Retocada,
Bem pintada.
Não importava,
Ninguém se importava,
Com a faixa,
Com o pé,
Com a vida,
Que lá,
Se passava.
O que mais importava,
Era a vida corrida,
A vida sem vida,
A vida mal vivida.
O que menos importava,
Era a vida nela contida,
A vida com vida,
A vida bem vivida.
Que contradição,
Que contramão,
Vive o homem,
Na faixa,
Na vida.
Uma homenagem ao meu saudoso Carlos Drummond de Andrade, que na época, retratava a pedra no meio do caminho, em tempos que hoje temos as ruas, e, andar na faixa, é sinônimo de correr risco de vida.
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Thursday, April 21, 2011 - 19:54
Poesia :
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A Faixa que Servia de Fachada
Pode ser que realmente a faixa sirva de fachada, visto que, os pedestres quando atravessam na faixa, ficam desligados, e
quando atravessam fora da faixa, ficam mais atentos, ocasionando maiores cuidados e atenção para com o trâsito!
Meus parabéns,
MarneDulinski