A Noite

Fui amante de um sonho
A calibrar um ponto luminoso
Onde o luar se fez corpo e alma
A deambular pelo cerrado da noite

Foi num lugar da terra
Agrupando todas as estrelas
Que fizeram ninho
E amansaram os pirilampos
Nas enseadas

Foram as pálidas noites
Que cirandavam
Nas vidraças quebradas
Onde guardo todos
Os choros requentados
De um dia de verão

Um presente que me é legado
Omitindo ausências
E presenças

Derivados de uma espécie anémica
A unificar todos os momentos
Que tardam na noite

As especiarias avizinham-se
Num mar longínquo
Abrilhantando as ondas bravas
Que vêm morrer numa praia deserta

Foi lá
Que deixei um corpo moribundo
A querer renascer
Nas funduras de um sentimento
Quando o luar consente
E não desmente
A noite

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Martes, Julio 5, 2011 - 19:26

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ÔNIX

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Fantástico poema de desamor,

Fantástico poema de desamor, onde a natureza é o reflexo das emoções do eu lirico(metodo que tanto gosto).

Abraço, Angelofdeath.

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