O que restou?
Hoje, o meu verso
não tem traçado,
não obedece à métrica,
chega a ser tétrico.
Deixei de lado
a simetria das linhas
a sinalização das rimas
Sem convenções.
Na rebeldia
de meu poetar
nada tenciono buscar
tampouco falar
Afinal, o que deixo esconder
neste verso oculto?
Um gesto reprimido
Um poema oprimido
Talvez, assim seja
um verso que não veja
que não sinta
que não reflita
Esta dor que me domina
A lança no peito cravada
A ferida aberta
Na emoção d´alma que segura
O grito abafado
O choro contido
O passo retrocedido
O canto perdido.
O que restou?
Um poema sentido
Ou um verso sem sentido?
AjAraújo, o poeta humanista, escrito em 14/7/2011.
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Viernes, Julio 15, 2011 - 01:16
Poesia :
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