A Raiz (Thiago de Mello)
A Moacyr Felix
Num campo de silêncio
onde pastam manhãs
estou pelo sou.
Canção azul de cobre
me chega pelo vento:
em sua dor me deito.
Um espesso lençol
com ternura de pinhos
enrola o coração.
O sangue levanta
no espaço bandeiras
de fogo e limão.
Até a pedra entrega
seus áspero segredos
ao cristalino dia.
A raiz arranca
com sua garra de amor
a rosa do meu peito.
E reparto o diamante
que a infância me deu.
Thiago de Mello, In: Melhores Poemas, Global Editora, SP, 2009.
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Viernes, Julio 22, 2011 - 17:24
Poesia :
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