Busque Amor novas artes, novo engenho

Busque Amor novas artes, novo engenho
para matar-me, e novas esquivanças;
que não pode tirar-me as esperanças,
que mal me tirará o que eu não tenho.

Olhai de que esperanças me mantenho!
Vede que perigosas seguranças!
Que não temo contrastes nem mudanças,
andando em bravo mar, perdido o lenho.

Mas, conquanto não pode haver desgosto
onde esperança falta, lá me esconde
Amor um mal, que mata e não se vê:

que dias há que na alma me tem posto
um não sei que, que nasce não sei onde,
vem não sei como, e dói não sei porquê..

Luís Vaz de Camões

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Domingo, Febrero 22, 2009 - 22:02

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LuisVazdeCamoes

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Re: Busque Amor novas artes, novo engenho

Muito bom, gostei de ler! :-)

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