já não sinto medo, amor…


Já não me deito nas acácias do teu corpo
nem me visto, nas giestas dos teus braços
onde o bosque se calou na solidão, amor.

Abraça-me, sinto frio…

As violetas que colho nos teus olhos
calam-me a dor minguante,
em pequenos cristais de sal, melodiosos

Já não sinto medo,

Corto com a lâmina de vidro, os glaciares
de velas,
que velam por mim,
num jardim de gerberas perfumadas,
aromas de nós, ainda desconhecidos.

Aceita-me, como uma açucena,
despe-me pétala a pétala
até que o caule encontre,
a raiz de um poema só nosso.


Conceição Bernardino
 

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Martes, Septiembre 20, 2011 - 15:58

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