Fantasmas

Fantasmas…!
Que deambulam…
Que perseguem as nossas sombras,
Que se alimentam das nossas almas,
Que consomem tudo de bom que há em nós.
Fantasmas…!
Não passam de seres vazios…
Seres transparentes,
Sem caminho traçado,
Sem objectivos.
São meramente seres perdidos,
Que andam por aí,
Sem rumo, sem destino.
Fantasmas…!
Que nos assombram,
Que nos assustam,
Que andam sempre colados a nós,
Como uma sombra permanente,
Como algo que nos suga,
Que nos está sempre a puxar,
Porque não têm mais nada para fazer,
Porque não são nada,
Não têm nada,
E então acham-se no direito de se intrometer,
De fazer tudo estremecer.
Abalam as nossas vidas,
Empurrando-nos para o fracasso,
Para o abismo,
Abrindo falhas em nós próprios quando querem ser iguais a nós e não conseguem!
Estes fantasmas, estas almas…
Estão perdidos, perdidos!
Almas vazias, perdidas!
Tudo fazem para não serem esquecidas!
E geram brigas e conflitos em nós,
Incentivam!
Porque estão sozinhas, perdidas!
Porque estão presas, sozinhas!
Porque para elas o tempo parou,
Para essas almas perdidas tudo deixou de fazer sentido.
E sem nada,
São simplesmente, ocas, vazias…

        19/10/2011