Que Justiça?

Eu Sempre Escrevo Em Meus Versos
O Que Não Posso Falar
Peço Desculpa A Caneta
E O Papel Que Vou Usar,
Ponho Deus No Coração
Bem Antes De Começar

Hoje Eu Escrevo A Tristeza
O Medo A Desilusão
O Descaso A Impunidade
Que Assusta A População,
Todo Dia Os Jornalistas
Mostram Na Televisão

Mas Isso Não É De Hoje
E Cada Dia Piora
Matam Lá Dentro De Casa
Matam Do Lado De Fora,
E Seguem Limpando Os Dentes
Enquanto As Famílias Choram

Já Vi Que Nem As Igrejas
Estão Respeitando Mais
Se É A Casa De Deus
Para Eles Tanto Faz,
Hoje Nem Os Sacerdotes
Conseguem Viver Em Paz

Somos Iguais Aos Piolhos
Que Alguém Mata Na Unha
Sem Direitos De Defesa
Quem É Do Mal Mete A Cunha,
Ainda Rouba As Igrejas
Pra Comprar Craque E Maconha

Já Não Basta Só Roubar
Matam Sem Necessidade
Mas Porque Que Fazem Isso?
Certeza Da Impunidade,
E A Pior Arma De Hoje
Chama-Se, Menor De Idade

Hoje Para Se Confiar
Nem No Amigo Da Mais
A Gente Até Gostaria
Mas Fica Com Um Pé Atrás,
Devido A Essa Epidemia
De Obras De Satanás

Tem Filhos Matando Pai
E Tem Pai Matando Filhos
Mães Que Usam Cocaína
Como Se Fosse Polvilho,
Começa Com Um Papelotes
E Em Pouco Tempo É Por Quilo

Tenho Visto Por Aí
E Fico Indignado
Gente Fumando Maconha
De Um Modo Liberado,
É O Cigarro No Bico
E O Próprio Filho Do Lado

Outros Sem Mais E Sem Menos
Matam Jovens Indefesas
Uns Estupra E Estrangula
Alguns Até Esquarteja,
Meu Deus, Como Pode Ter
Gente Dessa Natureza?

E Não É O Fim Do Mundo
Vem Muito Mais Por Aí
Ninguém Toma Providências
Resta Somente Assistir,
E Rezar Pra Que Não Chegue
A Nossa Vez De Cair

Pro Final Dessa Conversa
Este Era O Derradeiro
Pequeno Texto Rimado
Que Não Faço Tão Ligeiro,
Foi Quando Ouvi A Notícia
Lá Do Rio De Janeiro

Dizia Que Um Sujeito
Com Duas Armas Na Mão
Entrou Matando Crianças
Sem Qualquer Explicação,
Numa Escola De Bairro
Um Centro De Educação

De Onde Vou Tirar Versos
Pra Contar Tantas Desgraças
É Em Casa, É Nas Escolas
É Na Roça, É Lá Na Praça,
Eu Queria Que Os Políticos
Dissessem Disso, O Que Acham

Finalizo Essa Conversa
Com Uma Observação
Se Já Não Temos Justiça
E Quem Mata Tem Perdão,
Vai Faltar É Cemitério
Pra Botar Tanto Caixão.

Submited by

Domingo, Noviembre 27, 2011 - 15:36

Poesia :

Su voto: Nada (1 vote)

José Paz

Imagen de José Paz
Desconectado
Título: Membro
Last seen: Hace 11 años 50 semanas
Integró: 11/24/2011
Posts:
Points: 60

Add comment

Inicie sesión para enviar comentarios

other contents of José Paz

Tema Título Respuestas Lecturas Último envíoordenar por icono Idioma
Poesia/Amor Tostão Furado 0 216 11/29/2011 - 01:01 Portuguese
Poesia/Amor O Abraço Dos Pais 0 190 11/29/2011 - 00:57 Portuguese
Poesia/Tristeza É Duro! 0 200 11/29/2011 - 00:44 Portuguese
Poesia/Pasión Medo De Ser Artista 0 241 11/27/2011 - 15:50 Portuguese
Poesia/Desilusión O Diário De Um Policial 0 225 11/27/2011 - 15:43 Portuguese
Poesia/Desilusión Que Justiça? 0 210 11/27/2011 - 15:36 Portuguese
Poesia/Amistad Amigo 0 232 11/26/2011 - 01:39 Portuguese
Poesia/Desilusión Eu Devia Está Feliz 0 189 11/26/2011 - 01:34 Portuguese
Poesia/Poetrix Enrolados 0 231 11/26/2011 - 01:06 Portuguese
Poesia/Pensamientos Estrelas 1 194 11/25/2011 - 12:37 Portuguese
Poesia/Tristeza Maquina Do Tempo 0 208 11/25/2011 - 01:59 Portuguese
Poesia/Pasión O Lírio & A Carmelita 0 212 11/25/2011 - 01:48 Portuguese