A HUMANIDADE EXISTE MESMO MESMO MESMO!!!

Quero estender a mão,
sincera e quente, a ferver de humanidade,
a escaldar outras mãos com a minha presença.

Mãos de quem nada tem, mãos
que das nossas mãos podem ter tudo em tão pouco.

Mãos que só o existir já não as alimentam.

Quero olhar sem forma,
de forma diferente sem diferença,
olhar e ver de frente com quanto possa dar.

Quero falar palavras
que sejam como uma sopa composta
de amor e amizade. Falá-la em tons de partilha
para que quem a ouça alimente a alma com esperança.

Escrevê-la no mármore dos seres
para que este poema não se repita amanhã nem nunca.

Ser gente para as pessoas… Amigo.
Ser criança para as crianças… Pai e Mãe.
Ser neto de todos os idosos e idosas… Filho do mundo.

Quero ouvir os seus lábios sorrir,
rasgarem-se de paz e conforto no meu sorrir-lhes.
Ouvir o silêncio como som agradável das suas alegrias.

Quero saber deles,
importar-me comigo através deles.
Saber ao que sabe ser família… Ser irmão.

Aprender com eles as cores do frio
para pintar novos calores. Para que os arco-íris
jamais tenham sedes nos seus olhares de lágrimas.

Quero abraçar. Abraçar
com força tal que a solidão sufoque
e as suas dores sejam como pedras presas
no fundo do mar da vida para que ninguém as sinta.

E que à tona das ondas
desse mar da vida o vento espaireça contente
entre as estrelas e o infinito como nós humanos
caminhamos sobre o mesmo céu com as mesmas células.

Faça sol ou chuva, todos seremos mortais.

Mesmo que as pressas
tenham velocidades e prioridades desiguais,
o tempo correrá sempre ao mesmo passo de todos,
mesmo para aqueles por quem já nada passa ele passará.

No final,
todos seremos mendigos de algo
que nada nem ninguém nos poderá dar.

Mas daqui até lá, que ninguém o seja.

 

DEDICADO A TODOS QUE DE ALGUMA FORMA AJUDAM COMBATER A POBREZA, A SOLIDÃO E AS DOENÇAS DO MUNDO.

 

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Martes, Diciembre 6, 2011 - 12:13

Poesia :

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Henrique

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