Eras

O tempo escorre
Como o leito
De um rio
Corre para a foz

Indefinição
Que mede
Um espaço
e
O renega
Fraco espírito pedinte
A passar pela
Nova Era
Na espera

Refinado lugar das águas
Atroz
Veloz
Perdido
Sem voz
A finar-se
Nas correntes prenhes
Dos detritos
Graníticos da serra
Que já não ouve
O uivo do vento
Nem o sente
Senhor
e
Rei

O tempo
É cicatriz
Em ardósia protectora
De um telhado tosco
Assente em barrotes
De madeira de lei

Feito
Ou contrafeito
Movimento interno
Alimentando o tempo
Da mudança
Cravado
e
Estancado
Nos medos grotescos
Nos feitos gigantescos
De todos os tempos
Que eu simplesmente
Não guardei

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Martes, Diciembre 6, 2011 - 15:49

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ÔNIX

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Comentarios

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:))

Já tinha saudades de passar os meus olhos e a minha alma pelo teu sentir, Ónix...

"O tempo
É cicatriz
Em ardósia protectora
De um telhado tosco
Assente em barrotes
De madeira de lei"

E as cicatrizes agarram-se a nós e tatuam-nos... Dores de crescimento que o tempo nos traz...

Beijinhos muitos em ti, maravilhosa Ónix!

Inês

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