Para Além da Ilusão
Quanto homem, quanta mulher feia, ou bonita,
vive numa teia, e com a sua Alma extremamente aflita,
pois que a vida se empolou.
O rumo que a sua vida afinal tomou
defraudou a expectativa, que lhe era bendita,
e o seu sonho logo se evaporou
e, por esta nova forma de sentir a vida,
ela acabou por se deixar ficar comprometida,
e grandemente cativa...
Quanto homem, quanta mulher bem decidida,
que sabe bem o que da vida quer,
mas que dela se encontra refém,
porém, não tem outra alternativa.
Ela hesita em mudar o percurso que a sua vida tem,
porque lhe falta coragem para aventurar-se
a lançar-se numa verdadeira viragem,
como à sua vida muito convém...
Quanto homem, quanta mulher já madura, até rapariga,
mas, que já sabe bem o que ela quer,
estando sujeita a uma violência, qualquer
se não tiver uma mão amiga - aquela alma que a instiga...
se mantém a viver numa falsa calma,
fustigada pelo desamor
e pela dor que, em consequência, também lhe fustiga a Alma
Quanto homem, quanta mulher informada
mas a quem a vida já muito castigou,
vive uma vida sem cor, sem carinho, e sem amor,
e vê com horror a sua vida depravada
porque o destino, apenas o destino, e mais nada, a logrou.
No decurso do seu caminho ela encarnou
de um tal modo a responsabilidade,
que a fez esquecer-se a sua própria necessidade,
e viver assim uma vida de dor,
por sentir um pudor, sem fim,
que a impediu de estabelecer,
uma nova realidade no seu modo de viver.
Quanto homem, quanta mulher mais, ou menos activa...
pessoas extremamente permissivas e solidárias
vivem em enorme carência afectiva
por tantas e outras quantas questões, várias
familiares, sociais, ou monetárias
e nunca se aventuram a iniciativas
abdicando de alcançar uma nova meta.
Elas sujeitando-se a viver aos trambolhões
em dependências, e cativas de chavões,
e deixam a sua vida se escoar,
até a morte as levar,
quantas, e quantas, vezes precocemente
porque, em nome de uma pseudo-virtude,
nunca se sentiram capazes de tomar
a mais evidente, e promitente,
por vezes uma tão simples atitude...
apsferreira
Submited by
Poesia :
- Inicie sesión para enviar comentarios
- 1256 reads
Add comment
other contents of apsferreira
Tema | Título | Respuestas | Lecturas | Último envío | Idioma | |
---|---|---|---|---|---|---|
Poesia/Fantasía | Despeito | 8 | 1.206 | 04/04/2010 - 21:30 | Portuguese | |
Poesia/Aforismo | A Sabedoria, da Vida | 3 | 640 | 04/03/2010 - 16:05 | Portuguese | |
Poesia/Dedicada | Ajudem-me, a explicar | 8 | 694 | 03/13/2010 - 12:31 | Portuguese | |
Poesia/Dedicada | As mãos da mulher | 4 | 879 | 03/10/2010 - 08:41 | Portuguese | |
Poesia/Aforismo | Mulher... | 3 | 782 | 03/10/2010 - 08:39 | Portuguese | |
Poesia/Pasión | Eu nada sinto, por ela...! | 7 | 640 | 03/09/2010 - 22:25 | Portuguese | |
Poesia/Comedia | Ai, coração, coração ... | 8 | 1.657 | 03/04/2010 - 18:03 | Portuguese | |
Poesia/Aforismo | Essa tua Alma, de Mulher | 4 | 985 | 03/04/2010 - 18:02 | Portuguese | |
Poesia/Amor | Poemas de Amor | 9 | 846 | 03/04/2010 - 18:01 | Portuguese | |
Poesia/Dedicada | E eu perco-me ... | 6 | 1.283 | 02/26/2010 - 13:00 | Portuguese | |
Poesia/Aforismo | Poeta | 14 | 1.122 | 02/19/2010 - 10:28 | Portuguese | |
Poesia/Pasión | A Doce Paixão | 6 | 1.080 | 02/17/2010 - 19:14 | Portuguese | |
Poesia/Amor | Êxtase | 11 | 1.242 | 02/16/2010 - 00:00 | Portuguese | |
Poesia/Soneto | A gente da minha terra | 4 | 1.074 | 02/13/2010 - 21:23 | Portuguese | |
Poesia/Amor | O Desejo | 12 | 879 | 02/11/2010 - 21:48 | Portuguese | |
Poesia/Amor | Que me tome, em mãos, a morte | 8 | 876 | 02/11/2010 - 21:11 | Portuguese | |
Poesia/Dedicada | Tu | 5 | 823 | 02/05/2010 - 17:42 | Portuguese | |
Poesia/Dedicada | Mas, que linda flor... | 12 | 1.589 | 02/04/2010 - 20:38 | Portuguese | |
Poesia/Dedicada | Açôres | 6 | 688 | 01/29/2010 - 14:13 | Portuguese | |
Poesia/Meditación | Um virar de página | 7 | 1.038 | 01/29/2010 - 10:38 | Portuguese | |
Poesia/Aforismo | Ilusões | 7 | 614 | 01/28/2010 - 15:46 | Portuguese | |
Poesia/Aforismo | Solidão | 7 | 563 | 01/27/2010 - 17:19 | Portuguese | |
Poesia/General | Penitência | 6 | 821 | 01/24/2010 - 21:46 | Portuguese | |
Poesia/Meditación | Ribeira, menina. | 4 | 1.045 | 01/18/2010 - 15:09 | Portuguese | |
Poesia/Amor | Intensidade | 5 | 663 | 01/17/2010 - 22:28 | Portuguese |
Comentarios
Pensamentos muito profundos
Pensamentos muito profundos estes que, infelizmente, retratam o dia a dia de muitas pessoas.
Aparentemente somos pessoas livres (?), mas na verdade, não somos. Dependemos sempre de alguém ou de alguma coisa, aliás, dependemos (mais ou menos) uns dos outros.
É um ciclo vicioso, tão vicioso que por vezes cativa, amordaça, etc...
Parabéns
Obrigado por esta tua
Obrigado por esta tua análise,
que acrescenta um pouco mais ao meu
poema, mas valoriza-o muito.
:-)
Bravo Albano, Mais um momento
Bravo Albano,
Mais um momento grandioso, posto em linhas travessas, virando de cabeça para baixo, pondo tudo às avessas...sois brilhante, quando escreves.
Joana
"Poxa", Joana, muito
"Poxa", Joana, muito obrigado.
É muita gentileza tua, dizer tanto.
Mas fico muito feliz,
por gostares,
:-)
Tantas e tantas verdades,
Tantas e tantas verdades, quase me cortam a respiração...
Esquecemos ou nao queremos lembrar, para poder justificar a nossa inércia face à vida, que tudo parte de NÓS próprios... Tudo...
A coragem para agir, muitos entendem certamente que "dará imenso trabalho"... pena... porque apenas sobrevivem...
De facto é verdade,
De facto é verdade, Mydeepsoul.
Muitas verdades que ignoram-se, por vezes,
durante uma vida inteira...
Obrigado,
:-)
Isso é preciso, por
Isso é preciso, por vezes, Fátima...
Mas, outras nem tanto. Obrigado, por
a tua doçura, minha querida,
:-)