Traição
Malha a bigorna
o coxo Hefesto,
enquanto remói
o ódio, o ciúme
e mais o resto.
Maldito Ares (!), vocifera.
Maldita besta-fera
que trouxe o gozo
para Afrodite,
a amante insaciada,
qual fêmea alucinada.
E presto, Homens e Deuses
planejam a vingança
(e nela pôem a última
esperança).
Febre malsã
de todo amanhã.
Que se exponha à censura,
a vergonha do adúlteros.
Que lhes cessem toda mesura,
pois eis que trairam
o sonho que permitiram.
Que gemam cativos
na rede dos mortos-vivos.
Que peçam clemência
pelo estupro da inocência.
E que implorem
por um gesto de nobreza,
da traída certeza.
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Miércoles, Diciembre 28, 2011 - 12:28
Poesia :
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