Hoje, 27 de Abril

Meu caro amigo
Dois dias passados e tudo secou!
Manda-me outras flores
Se puderes

Aproveito e digo
(Política à parte)
Que não sinto poesia
Nos nossos festejos
Homens houve,
De cravo na lapela
Mas poucos, meu amigo.

Por outras palavras dir-te-ia
De tempos que as enfraqueceram
Mas não entenderias
Manda-me outras flores
Amigo, se puderes

Em Santarém, rapaz
Recrearam a partida
Na Escola Prática
(Praticamente ruída).
Que queres que te diga?
Aqui há pão e paz
E quem encha a barriga.

Aquietaram-se os vocábulos
Em águas que saciam
Homens e mulheres
Manda-me outras flores
Rapaz, se puderes

A corja já nem espreita
E para nós, a quimera
É comida e cama feita
Não queremos mais.
Ainda roda a terra
Não se vai à guerra
E o resto, é demais.

É com desassossego, meu irmão
Que te mando este abraço.
E demando outras flores
Não importa cheiro ou cor
Despedidas, Violetas, Malmequeres
Manda-as se puderes
Outros cravos, porque não?

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Viernes, Mayo 1, 2009 - 11:38

Poesia :

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Conchinha

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Comentarios

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Re: Hoje, 27 de Abril

Partilho do lamento, mas aconselho teimosia.
Se até nós pararmos de lutar... quem resta?
Gostei mesmo muito.
Obrigada.

Imagen de Henrique

Re: Hoje, 27 de Abril

(Manda-me outras flores Se puderes)

Aromas de mudança!!!

:-)

Imagen de Conchinha

Re: Hoje, 27 de Abril p/Henrique

...mas nada muda.

Abraço

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