IGNOREMOS TUDO

Ignoremos tudo.
Sepultemos bem fundo
As nossas consciências
As nossas culpas
A paixão pelos que sofrem
O estandarte da solidão
A miséria, a vergonha
A riqueza, a ostentação.

Ignoremos tudo.
Com inteligência e minúcia 
Para que tudo desapareça
Até ao mais ínfimo pormenor
Sem deixar rasto.
Uma réstia de olhar
Ficará pairando como um traço indefinido
Sobre o silêncio sepulcral de tudo ausente.
Onde não haverá vivalma
Não restará ninguém
Para vasculhar bem no fundo
E ver que afinal…
Nada está sepultado.

Mário Margaride "GIL60"12-02-2008

Submited by

Miércoles, Marzo 7, 2012 - 17:43

Poesia :

Sin votos aún

GIL60

Imagen de GIL60
Desconectado
Título: Membro
Last seen: Hace 11 años 13 semanas
Integró: 02/08/2012
Posts:
Points: 712

Comentarios

Imagen de Eduarda

e depois

ficarão os olhares de quem sente, como coisa concreta.

 

bj

Imagen de GIL60

É verdade, amiga Eduarda.

É verdade, amiga Eduarda.

Obrigado, pelo comentário.

Beijinhossmiley

Add comment

Inicie sesión para enviar comentarios

other contents of GIL60

Tema Título Respuestas Lecturas Último envíoordenar por icono Idioma
Poesia/Intervención PEDANTES 0 473 02/11/2012 - 16:48 Portuguese
Poesia/Amor QUERO EM TI ADORMECER 2 297 02/11/2012 - 16:41 Portuguese
Poesia/General COM AS MÃOS 2 322 02/10/2012 - 23:13 Portuguese
Poesia/General O SONO 0 564 02/10/2012 - 19:23 Portuguese
Poesia/Amor NO ESPLENDOR DA NOITE 0 383 02/09/2012 - 22:53 Portuguese
Poesia/Pasión CORPOS EM DELÍRIO 0 328 02/09/2012 - 17:21 Portuguese
Poesia/General PÁGINAS DA VIDA 0 327 02/09/2012 - 17:10 Portuguese
Poesia/Amor ATÉ AO AMANHECER 2 365 02/09/2012 - 17:06 Portuguese
Poesia/Amor GOSTAVA QUE OUVISSES AS MINHAS PALAVRAS 0 504 02/09/2012 - 00:31 Portuguese
Poesia/Soneto QUERO DIZER-TE, AMOR 0 437 02/08/2012 - 20:14 Portuguese