Sem compasso de hora

 

 

 

 

 

na hora exacta...

a cortina em desiquilíbrio,

quando o dia morre de vontade

tentando fugir desta mancha,

sepultada,

enterrada,

no meu corpo lívido,

que a dor rebenta de loucura.

 

há um cíclico sal na tua ausência,

vento recolhido no suspenso sono,

emboscada de fogo surdo,

preso no fundo do lodo.

 

no estertor da vela arrepiada,

uma só pena

enterrada na lama

- desencontro de pedra

no compasso inexacto do meu calafrio.

 

Eduarda

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Domingo, Marzo 11, 2012 - 13:30

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