A PRAIA
Vou andando pela praia
Numa tarde “esplandescente”,
Sem preocupar-me da saia
Molhada na lua crescente.
Observo o mar sem
Preocupações nenhumas,
Não penso absolutamente em
Nada, somente nas dunas.
Ao longe um navio
Aproxima-se da margem,
Queimando o pavio
Que se move na aragem.
No farol, a luz acende
Como uma vela envelhecida,
Fazendo barulho da nascente
Que percorre na sua vida.
Meus pés deixam marcas
Na face da areia, que baila
Com o vento nas arcas
Do destino, sem esquecer do lá.
A água gelada é igual
A mil facas cortantes,
Que pertencentes a “fical”
Permanecem como antes.
Meu rasto vai-se apagando,
E sem ninguém ao pé,
Minha passagem foi andando,
Sem deixar de ser o que é.
Catherina
N.B. Poema pertencente ao Livro Amores e (de)sabores a ser publicado em Maio/Junho de 2009.
Este específico poema tem continuação com os poemas A Praia II, A Praia III e A Praia IV.
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Comentarios
Re: A PRAIA
Um poema deambulatória onde o mar e a praia é um signo da desolação.
Belo texto!
Re: A PRAIA P/ Angelofdeath
Hum.....
Será mesmo um signo da desolação, Angelofdeath?
Ou pelo contrário, uma espera de algo.....
E este poema tem a sua continuação por mais 3 poemas.... Onde se encontra o gatinho Se, e.......
;-)
Catherina
Re: A PRAIA
Quando o sol já aquece, este poema leva-nos até à praia
Belo poema
Bjo
Re: A PRAIA
Este poema tem como fundo a praia, tem como a sequência nos outros poemas da sequela. 8-)
Catherina