RECOLHO AS PALAVRAS
Trago as palavras gastas
as rimas doentes
Chegam a mim indiferentes
fatigadas
Recolho-as no muro da tarde
fracassadas
Pousadas na saudade.
Sedentas de cumprir o seu papel
Entregam-se como o polen à abelha
Ou como a abelha se entrega ao mel
Soam secas, são como alimento
humilde
Amargam o meu tempo
Aumentam os meus medos,
a minha loucura de recordar.
Mas são a minha esperança de continuar,
a ouvir as minhas gargalhadas
a escutar as minhas passadas.
De me sentir no campo uma cotovia
em liberdade.
Dia a dia...
De morrer e renascer
com infinita saudade.
Palavras são a única voz que me resta
Gastas, indiferentes fatigadas,
como manhãs nubladas,
onde o sol é apenas fresta.
Que eu viva ou morra pouco importa!
As palavras atordoam a minha alma hora a hora
Abrem porta...ao meu peito
Invadem a solidão do meu leito
São testemunhas do meu desalento
Mas nada disto é em vão!
Pois elas são o meu sustento
O sustento do meu coração.
natalia nuno
rosafogo
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Comentarios
Cada poema que leio seu, é um
Cada poema que leio seu, é um deleite.
Parabéns querida amiga, por esta obra prima e, p.f. continue a escrever.
Bjs
O meu obrigada
Fico feliz que assim seja, talvez porque o nosso sentir, as nossas esperanças,
e o muito que já temos para recordar seja semelhante, pois eu também gosto muito da maneira como te expressas.
Bjs e obrigada p'la leitura.
As palavras
As palavras não se esgotam, para moldar as nossas alegrias ou as nossas desilusões,
É um modo de manter sossegado o coração o escrevê-las sempre que nos vem a vontade.
Abraço Henrique grata pela leitura.
palavras
Mesmo que tudo o mais
se desvaneça
nos infinitos ais,
que o destino ofereça,
estados de graça com a vida
quando a palavra convida!
Uma temática envolvente
em todo o coração que sente!
Paz_coa Feliz!
Abilio