FLAGELAÇÃO

Nesta gare, cega estação,
Muro agonizante e distorcido,
Há carne a definhar em podridão,
Num canto qualquer, perdido.

Houve enlevos de reconciliação.
Mas o olho lânguido, abatido,
Nunca clamou sua rendição:
Repreendeu mesmo qualquer sentido.

E o cheiro agridoce do recanto,
Mostra a saliva fria do desencanto,
O ardil que consumou a tua vil trama.

Por isso, vagabundo, a tua sina
É uma doença, que te mina,
Que termina contigo na cama.

In Saiu A Fera De Mim

Submited by

Lunes, Mayo 28, 2012 - 10:40

Poesia :

Su voto: Nada (1 vote)

Jorge Humberto

Imagen de Jorge Humberto
Desconectado
Título: Membro
Last seen: Hace 3 años 38 semanas
Integró: 01/15/2012
Posts:
Points: 1844

Comentarios

Imagen de Nanda

Jorge

Excelente soneto. Por vezes há que deitar para fora o que a alma precisa gritar.
Beijo
Nanda

Imagen de Jorge Humberto

Olá querida Nanda, bom dia!

Olá querida Nanda, bom dia!

muito me apraz teu cometário. Este poema está incluido no meu 1º livro,
onde narro, etapa a etapa, uma vida que me desgraçou, por falta de conhecimento, que não havia na altura, porquanto ainda estava muito viva a revolução dos cravos, e muita gente exagerou, e não havia onde recorrer. É um livro muito pessoal, também de alerta, para os muitos jovens (cada vez mais) se encontram sem expectativas de vida. E como sempre, em cada esquina, há quem observe esses jovens, descobrindo-lhes a fragilidade, para depois
os interpelar com mindos e fundos.

Beijinhos meus em ti
Jorge Humberto

Imagen de Adolfo

:))

Ótimo soneto, meu caro Jorge!
E bem vindo de volta!!!

Um abraço.

Imagen de Jorge Humberto

Olá querido amigo, dos belos sonetos, Adolfo,

Olá querido amigo, dos belos sonetos, Adolfo,

fico feliz que me tenhas visitado e deixado teu apreço a meu soneto.

Ando muito triste e doente, pois tenho ânsias tais que chego a ficar desidratado,
vão meses passados, em que as dores no meu corpo, afligem-me dia após dia, e, agora, para piorar, tenho o lado esquerdo de meu corpo, do cimo da cabeça, apanhando braços, pernas e pés, completamente adormecidos (dormentes). E não há nada a fazer, pois meu organismo rejeita toda a medicação. Até tomo umas cápsulas muito potentes, e nome Tramadol, que são à base de ópio, e nada. Quam sabe o tempo me venha ajudar, pois a aminha alegria era estar junto de todos vós, ler vossos poemas e deixar comentários. Abri o Waf para ver se tinha palavras dos meus amigos. É muito bom não ser esquecido. Mas só consigo estar no PC por uns 10 minutos. Espero que a inspiração seja sempre contigo, e que desculpes este teu amigo que te quer muito bem. Julgo que aí estás a viver a linda estação do outono, com o inverno a chegar a passos rápidos. Aqui a primavera tem estado muito esquisita, pois numa semana as temperaturas estão bem acima dos 30 graus, e na semana seguinte chove e as temperaturas descem até aos 22/23, não há corpo que resita.

Abraço meu bem forte
Jorge Humberto

Add comment

Inicie sesión para enviar comentarios

other contents of Jorge Humberto

Tema Títuloordenar por icono Respuestas Lecturas Último envío Idioma
Poesia/Amor NÃO É DE PRATA ESTA FLOR 6 788 04/10/2012 - 11:52 Portuguese
Poesia/General A ALEGRIA DE NOS LIBERTARMOS 0 1.308 01/19/2012 - 14:12 Portuguese
Poesia/General À BANALIZAÇÃO DA POESIA 0 853 02/03/2012 - 12:05 Portuguese
Poesia/General A BELEZA DE MINHA POESIA 0 958 01/28/2012 - 12:21 Portuguese
Poesia/Alegria A CADA NOVA MANHÃ 4 966 01/23/2012 - 12:05 Portuguese
Poesia/Meditación A CADA UM SUA VIDA 0 1.226 03/25/2012 - 00:44 Portuguese
Poesia/Amor A CANÇÃO QUE TE FIZ 2 1.008 01/25/2012 - 12:30 Portuguese
Poesia/Meditación A cidade é um prolongamento... 4 584 03/02/2012 - 11:07 Portuguese
Prosas/Pensamientos A CRIANÇA QUE HÁ EM NÓS 12 4.344 04/26/2015 - 20:50 Portuguese
Poesia/Meditación A CRIATURA 2 1.779 03/20/2013 - 11:47 Portuguese
Poesia/General A CRIATURA 0 1.892 06/17/2013 - 13:20 Portuguese
Poesia/General A DANÇA DAS ANDORINHAS 2 1.634 01/27/2012 - 16:49 Portuguese
Poesia/Pensamientos A DIFÍCIL ARTE DE SEDUZIR 2 758 03/24/2012 - 21:09 Portuguese
Poesia/Amor A DONA DO MEU CORAÇÃO 0 1.114 01/29/2012 - 12:36 Portuguese
Poesia/Pensamientos À ESTUPIDEZ 2 2.545 03/26/2013 - 20:52 Portuguese
Poesia/Intervención A FOME É UMA REALIDADE 8 747 03/16/2012 - 20:30 Portuguese
Poesia/General A FORÇA DE UM PENSAMENTO 0 853 01/29/2012 - 12:39 Portuguese
Poesia/Amor A GAIVOTA 6 659 03/05/2012 - 11:25 Portuguese
Poesia/Pensamientos A IMPORTÂNCIA DA PALAVRA 2 673 01/20/2012 - 18:40 Portuguese
Poesia/Meditación A LOUCA E OS OUTROS 2 756 03/22/2012 - 18:24 Portuguese
Poesia/General A minha presunção 0 2.142 09/01/2018 - 19:08 Portuguese
Poesia/General A MUSA E O POETA 14 793 03/13/2012 - 12:04 Portuguese
Poesia/Alegria A MÚSICA DA POESIA 6 538 02/08/2012 - 14:04 Portuguese
Poesia/Fantasía A MUTILAÇÃO 4 729 04/23/2012 - 16:43 Portuguese
Poesia/Soneto A NATUREZA EM FÚRIA 6 2.185 01/16/2020 - 12:37 Portuguese