COM UM ÚNICO TIRO... (Microconto)
* * *
Ele sempre fora um revoltado, pelo facto de ser rotulado por maluco.
Nas brincadeiras de crianças que não compreendia, na escola onde nunca tivera sucesso, na vida adulta onde todos o continuavam a colocar à margem...
Por onde quer que fosse só encontrava esgares sarcásticos ou rostos enfadados.
Mas o pior de todos era aquele tarado que o fitava constantemente ao espelho,
com um olhar frio como a morte e um sorriso trocista que lhe corria pela espinha...
Entretanto ele comprara uma arma clandestina e uma caixa de cartuchos e
preparava-se para colocar tudo no seu devido lugar: O João, o Quim, o Carlos,
o Jorge, o Alberto, a Maria, a Joana, o Marco, a Filipa e todos os outros,
iriam aprender a mais dura das lições.
Mas primeiro que nada trataria da pele àquele diabrete lá do espelho...
* * *
08.03.2012, Henricabilio
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Comentarios
Ele lá estava frente a mim,
Ele lá estava frente a mim, no espelho
como sempre, sempre controlador
Tinha uma arma na mão
(como eu odeio armas)
E falou, não era habitual:
"Hoje serás tu"
"Olhos"
Por vezes os nossos olhos, vêm aquilo que não querem ver e só vêm os ciscos, nos dos outros.
Está muito boa esta sátira.
Abraço.
Jorge.
A vida corre em ritmo
A vida corre em ritmo alucinante
despertanto os instintos
mais selvagens.
Grato pela presença!
Abilio
Ao terminar não consegui
Ao terminar não consegui evitar um sorriso. :)
Achei magnífico este pequeno conto Henrique. Há imensa loucura à solta; de outro modo entendíamos tudo.
A tua escrita é criativa, sem duvida.
Grande abraço
Os nossos sorrisos, são quase
Os nossos sorrisos,
são quase esgares dolorosos...
Acontecimentos que potenciam
situações extremas.
Grato!
Abilio