TOCAM OS SINOS




TOCAM OS SINOS

 

Tocam os sinos para a missa

Lá vai a moça submissa

Muito crente e dedicada

É uma moça bem prendada

Filha de uma boa família

Que a têm sob vigília

Anda sempre muito sozinha

Toda ela é delicadinha

Namorado ainda não tem

Mas, ela deseja ser mãe

É um segredo só dela

Ela tem muitas cautela

Debaixo de olho tem um rapaz

Mas, não sabe se ele é capaz

De lhe pedir para namorar

Ela gostaria de o amar.

Ele olha para ela

Com timidez de donzela

Ela olha para ele

Fica só a pensar nele

Ela está apaixonada

Mas, ele não sabe de nada

Trocam apenas o olhar

E ambos ficam a cismar

Avanças tu, avanço eu

O que será que aconteceu?

Na missa ficam lado a lado

O rapaz fica gelado

Treme dos pés à cabeça

Espera que o amor aconteça.

Ele pega – lhe na mão

Ela sente no coração

Um amor muito ardente

Que a sua alma consente.

A missa depressa acabou

Ele, a mão lhe agarrou

Correm pelo campo verde

Onde a menina submissa perde

O que os pais nada queriam

Eles ainda não sabiam

Chega a casa delirante

Com uma cara de amante

A menina tímida sorriu

E para os pais mentiu,

Dizendo que ficou a rezar

Até o tempo tardar.

O tempo cresceu – lhe o ventre

E o tempo nunca mente.

Os pais mandam a menina para um convento

E lá nasce um lindo rebento

A menina casa na clausura

Com muita pouca formosura

Os amantes seu  caminho

Ambos cheios de carinho

São felizes para sempre

Com um lindo futuro à sua frente.

 

 

 

 2005 - Estêvão

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Sábado, Junio 30, 2012 - 09:02

Poesia :

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José Custódio Estêvão

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