PALHAÇO




PALHAÇO

 

Se fazem de mim um palhaço

É por que eu deixo e nada faço

Para me encher de coragem

E mostrar a minha imagem

 

 

Mostrar a todos o meu valor

Sem desdenhar do amor

E levantar – me quando caio

E nunca fingir que desmaio

 

 

Se eu mesmo me desprezar

Não tenho razão para me zangar

Mostro o meu lado mais triste

E a fraqueza de quem desiste.

 

 

Manter sempre a nobreza

E nunca mostrar a tibieza

Num momento mais ousado

Eu fico muito mais valorizado

 

 

Um cão que encolhe o seu rabo

Quando um outro está zangado

Está sujeito a ser mordido

E na sua alma ser ofendido.

 

 

Se eu souber sempre enfrentar

Quando alguém me quer matar

Posso morrer com dignidade

Ou viver cheio de vaidade.

 

 

Como uma árvore quero ser

Morrer de pé quando envelhecer

Não quero cair e ficar estendido

À espera de ser erguido.

 

 

 2005-Estêvão

 

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Domingo, Julio 1, 2012 - 12:28

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José Custódio Estêvão

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