FERIDAS




FERIDAS

 

Só se riem das feridas

Quem não tem os sofrimentos

Elas não são consentidas

Apenas provocam lamentos

 

 

A feridas dos outros não doem

Nem tão pouco os fazem chorar

Apenas a quem as possuem

Ninguém as pode aliviar

 

 

As dores físicas na carne doem

Na alma doem as morais

Na carne muitos as trazem

Sem se ouvir quaisquer ais

 

 

As dores que doem para dentro

Doem mais que as de fora

Não saem e entram com o vento

Nem depressa se vão embora

 

 

As feridas não se escolhem

Nem saram quando se quer

As feridas não se vendem

Nem se compram quando se quiser

 

 

Elas nascem e também morrem

Mas moem enquanto duram

Ninguém de vontade as querem

Nem se sabe quando se curam

 

 

Quem sofre das suas feridas

É quem as sabe avaliar

Não são achadas nem perdidas

Nem ninguém as quer comprar

 

 

Durante o período de vida

Não há ninguém que não as sinta

Mas também as há fingidas

E também quem as pressinta

 

 

 

2005-Estêvão

 

 

 

 

 

 

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Sábado, Julio 7, 2012 - 08:20

Poesia :

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José Custódio Estêvão

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Comentarios

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poem

Só quem sente é que saberá dizer. Era uma vez um homem que andava sempre bêbado. Era criticado, vexado e ele disse: Toda a gente vê que sou bêbado mas ninguém sente as quedas que eu dou.

Um abraço
Estêvão

Imagen de Rafael Neves

E isto ainda ninguém consegui

E isto ainda ninguém consegui provar
Se dói mais a pele a rasgar
Ou se dói mais a ferida a curar

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