Solta-me

Nas tuas mãos enfadonhas,
De onde saem carícias quais coisas medonhas,
Me entreguei
E se alguma vez eu pensei
Que o teu tocar me fosse envolver,
Se alguma vez eu esperei
Que o teu tomar me fosse um firmar de pertencer,
Foi porque assim o desejava…
Mas nas tuas mãos o pegar é uma adaga,
Um cravar pleno de sobeja:
Tu não tocas como quem deseja,
Usas a força como quem receia perder o que tem…
E o teu abraço é um fazer refém,
Um prender.
As tuas mãos fazem doer
E aprisionam!
Não são mãos que me tomam e me cativam…
São amarras que ás minhas mãos privam
A liberdade de te tocar por querer,
De te procurar sem receio de nada.

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Domingo, Julio 15, 2012 - 21:34
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Rui Costa

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