Engodo

Num morremorrer cheio de ilusão
João compra a paz, vil tesouro
Dá o pão e o ás àquele cabrão
Alquimista que da morte faz ouro

Com a ânsia nos nervos camuflada
Vê-se com o garrote na veia
Então a ponta rompe, deslumbrada
Uma vida mais que então esperneia

E é naquela artéria já sem movimento
Sentença de uma sociedade empodrecida
O jovem rapaz vê um clarão, sente o vento
E eu daqui já sinto o cheiro a gente sem vida

Enterra-se um que nasceu defunto
E mais ninguém liga ao assunto.

Submited by

Sábado, Agosto 11, 2012 - 21:09

Poesia :

Sin votos aún

David Lobo Cordeiro

Imagen de David Lobo Cordeiro
Desconectado
Título: Membro
Last seen: Hace 10 años 45 semanas
Integró: 08/01/2012
Posts:
Points: 131

Add comment

Inicie sesión para enviar comentarios

other contents of David Lobo Cordeiro

Tema Títuloordenar por icono Respuestas Lecturas Último envío Idioma
Pintura/Paisaje 3 1 3 0 1.806 08/16/2012 - 01:54 Portuguese
Poesia/Meditación ''Trans Lucem'' 0 827 07/17/2013 - 23:47 Portuguese
Pintura/Paisaje ''Sem título'' 0 2.139 07/17/2013 - 23:24 Portuguese
Pintura/Figurativo ''Repto'' 0 1.938 07/17/2013 - 23:27 Portuguese
Pintura/Figurativo ''Homem a fumar'' 0 1.928 07/17/2013 - 23:23 Portuguese
Pintura/Figurativo ''Ágoras'' 0 2.026 07/17/2013 - 23:36 Portuguese