O GOSTO DE ESCREVER
O GOSTO DE ESCREVER
O dom que eu tenho para escrever,
Não sei se vem do meu nascer,
E dos meus pais não sei se vem,
E de outra família não é também.
Se eu acreditasse na reencarnação,
Alguém se meteu no meu coração,
Talvez de alguém que não conheço
E mesmo sem querer eu obedeço.
Sinto na escrita um prazer imenso,
Em quanto escrevo em mais nada penso,
Vou registando o que eu vou sentindo,
Da minha alma vou transmitindo.
O que eu escrevo ninguém conhece,
Vou guardando o que me acontece,
Não me importo que conheçam ou não,
E assim, vou fazendo o gosto ao meu coração.
Já tenho muitos livros do meu mundo,
Eles são escritos com um sentimento profundo,
Vou colocando – os lado a lado na estante,
E olhos para eles como se fosse importante.
Apresso – me a escrever enquanto é tempo,
Antes que o meu pensar o leve o vento,
Aproveito a lucidez da minha memória,
E assim, aos pedaços faço a minha história.
No tempo, eu não deito nada fora,
Só o farei quando ele me mandar embora,
Pois é o tempo que me vai ordenar,
Quando o meu tempo tiver que parar.
Escrevendo vou cumprindo a minha missão,
E ao tempo eu peço também perdão,
Das coisas que ele me dá e eu rejeito,
Porque não entram dentro do meu peito.
2007-Estêvão
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Comentarios
Essa paixão pela escrita...
Todo poeta é apaixonado pelas palavras, no momento de solidão lá está como uma amiga a abraçar-te, nada mais simples que papel e caneta na mão, lá de longe enxergamos a inspiração, abaixamos a cabeça e como um dom, o branco daquele pedaço morto de papel ganha vida, ganha poesia.
Gostei de ler-te
Cecilia Iacona
POEMA
UM COMENTÁRIO LINDO. TODOS OS LIVROS ESTÃO MORTOS MAS VIVEM QUANDO OS OLHOS COMEÇAM A LER E A ALMA A SENTIR.
UM ABRAÇO
Estêvão