Boca viúva

A boca calada que não me explica,
Possuidora da notícia, seca,
Se dói mais a quem se foi ou se a quem fica,
Desenha a silhueta murcha que obceca.

Quisera eu então ouvir palavra não dita
Que me contasse todos os segredos;
Desde os que carregam a fé infinita
Até os que despertam todos os medos...

Morta, dorme no seu silêncio, a boca,
Na cova dos esquecidos, barroca,
Com sua calma defunta maldita.

Se hoje é somente uma cavidade oca
E não clama, não beija e não me toca,
Carrego a memória que a ressuscita.

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Viernes, Agosto 24, 2012 - 05:25

Poesia :

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Cortilio

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Comentarios

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Boca viúva

Muito bom!
Parabéns.

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Obrigado pela visita e pelo

Obrigado pela visita e pelo comentário Ana Martins.

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Obrigado pelas visitas.

Obrigado pelas visitas.

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A memória nos imortaliza.

A memória nos imortaliza.

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Memória (que se faz)

Boca a boca as bocas também nos imortalizarão!

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A magia do beijo.

A magia do beijo.

Imagen de Adolfo

Eis o verso que imortaliza

Eis o verso que imortaliza até mesmo os mortos! ((:

Um abraço, caro Cortilio!

=D

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