SINTO MAS NÃO VEJO
SINTO MAS NÃO VEJO
Chamo o vento, mas ele não vem quando eu quero,
Ele sopra de qualquer lado e quando eu não espero,
Esperar por ele eu possao fazê – lo, não tenho outra solução,
Pois ele bate e foge e não o consigo agarrá-lo com a minha mão.
Em certos dias ou em certas noites,
Sem responder o vento manda – me açoites,
Acorda – me sem que eu o entenda,
Como se tivesse com ele uma contenda.
Ora vem de mansinho, ora se torna agressivo,
Outros dias ou noutras horas fica passivo,
Até me deixa com vontade de o chamar,
E ao mesmo tempo com medo de se soltar.
Manda – me saudades sempre que passa por mim,
Fico preso a ele e peço – lhe que não tenha fim,
Eu preciso dele, pois sem ele não posso viver,
Seja meigo ou agressivo, peço – lhe para se manter.
2008-Estêvão
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