NADA SOMOS SENÃO SER …

Poeira estrelar.

Luzes extintas
na escuridão do pensar.

Breves pintas no tempo,
marés sem praia onde pousar.

Um silêncio
amontoado de olhos,
ventos presos pelo céu.

Uma memória
que entulha o esquecimento,
energias infestadas de trovoada e breu.

Meras gotas de chuva
num oceano desconhecido,
insignificâncias em sombras desfeitas.

Corpos perdidos pelo imaginário,
perfeições imperfeitas.

Um número pequenino
na matemática colossal do destino.

Vozes ouvidas no eco da eternidade,
palavras invisíveis.

Um sonho ensurdecido de nada,
almas indizíveis.

Nada somos senão ser entre nascidos e morrer.

Filhos do caos,
herdeiros do fim do infinito.

Pedra dura na água mole de tudo,
o impulso de um grito,
uma saudade.

.
.
.
.

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Jueves, Noviembre 1, 2012 - 16:03

Poesia :

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Henrique

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