Capitães

Tudo isto é culpa da vida,
Este a anos ainda tão curtos
Já terem tantas feridas
Nas costas quanto têm furtos

Nos bolsos sempre tão imundos:
Bolsos quando eles os têm.
O sol é o maior bem do mundo:
No mundo não têm a quem,

Não têm quaisquer mais pudores
A viver suas vidas vadias
De os seus primeiros amores
Descobrir ora às vadias

Ora a rolar às areias
Puxando a roupa das pretas
Que passam tais quais sereias
Sorrindo as pontas das tetas;

E deles nunca há quem cuide
Feito a sua mãe-irmã cuidou:
Traída pela própria saúde
Uma estrela se tornou...

19 de novembro de 2012 – 22h 51min
João Pessoa - Paraíba - Brasil

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De viver a insubmissa
Vontade: eterna num talho
Triste ainda sorri a justiça,
Chefe e vestida em frangalhos.

Não lhe importou por qual custo
Ao quase desafiar morte
Um talho haver por ser justo:
Chefe e não por ser mais forte.

Que o sol é como a liberdade,
A vida sendo tão dura,
Os capitães da cidade
Têm no frio da noite escura:

Nas areias brancas do cais,
À porta a escuridão,
Todos dormem em paz
Se o seu punhal dorme à mão...

Mais que muitos tem mais quilos
E dorme tal que em deleite,
O grande muito tranqüilo
Do riso alvo como leite...

20 de dezembro de 2012 – 11h 25min
João Pessoa - Paraíba - Brasil

Adolfo J. de Lima

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Jueves, Enero 24, 2013 - 22:39

Poesia :

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