NÃO ME APONTES O DEDO




 

Não me apontes o dedo

 

Estás sempre a apontar – me o dedo,

Pensando que eu de ti tenho medo,

Faz sempre o bem e não olhes a quem,

Não me trates assim com desdém.

 

 Coisas mal feitas, pois faço, e quem não as faz?

Não me apontes sempre o dedo, dá – me paz,

Concordo que de vez em quando seja chamado,

À atenção por me ter enganado.

 

Mas estares sempre a apontar – me o dedo,

Tantas vezes por dia eu não concebo,

Tirei uma coisa do lugar e não a tornei a pôr,

Vens logo tu a apontar – me o dedo, a impor.

 

Que o faça logo de seguida, certamente,

Mas não com ar de comandante imponente,

Até parece que sou teu subordinado,

E por vezes me fazes sentir vexado.

 

Guardo para mim as respostas, sem lamento,

Nem sabes as coisas que me vêm ao pensamento,

Por vezes, eu quero da tua vida desaparecer,

Porque me fazes sentir a mais, quase a morrer.

 

Só para não causar um mau ambiente,

Não te dou as respostas que mereces, fico ausente,

De mim mesmo, não te ouço, nem te vejo,

E de mim mesmo a minha alma eu despejo.

 

Já te tenho dado respostas de que tu não gostas,

Porque não quero fazê – lo nas tuas costas,

Ficas amuada sem dar palavra de presença,

Não querendo que este silêncio me vença.

 

Gostava tanto que fosses meiga e doce,

Que me desses um beijo por mês que fosse,

Como um querer que me queres a teu lado,

E não me faças sentir tantas vezes afastado.

 

E pronto, aqui eu já despejei as minhas queixas,

Porque tu as minhas palavras não aceitas,

Assim ganho um pouco mais de liberdade,

De alguma tristeza que às vezes me invade.

 

Tavira, 22 de Dezembro de 2009 – Estêvão

Submited by

Sábado, Febrero 2, 2013 - 12:50

Poesia :

Sin votos aún

José Custódio Estêvão

Imagen de José Custódio Estêvão
Desconectado
Título: Membro
Last seen: Hace 2 años 38 semanas
Integró: 03/14/2012
Posts:
Points: 7749

Add comment

Inicie sesión para enviar comentarios

other contents of José Custódio Estêvão

Tema Título Respuestas Lecturas Último envíoordenar por icono Idioma
Poesia/Pensamientos SOU COMO SOU 0 1.820 06/14/2012 - 09:07 Portuguese
Poesia/Fantasía ACONTECER 0 708 06/13/2012 - 09:10 Portuguese
Poesia/Pensamientos O MEU GATO E EU 0 2.186 06/13/2012 - 09:06 Portuguese
Poesia/Dedicada ANDORINHAS 0 2.573 06/13/2012 - 08:58 Portuguese
Poesia/Pensamientos VIDA DE PARDAL 0 2.374 06/12/2012 - 09:42 Portuguese
Poesia/Tristeza PENA 0 895 06/12/2012 - 09:37 Portuguese
Poesia/Amor DECLARAÇÃO DE AMOR 0 3.831 06/12/2012 - 09:30 Portuguese
Poesia/General INTERESSE 0 2.230 06/11/2012 - 09:05 Portuguese
Poesia/Pensamientos SE O TEMPO PARASSE 0 1.188 06/11/2012 - 08:59 Portuguese
Poesia/Meditación A LENDA TITONO 0 1.519 06/11/2012 - 08:55 Portuguese
Poesia/Meditación EU E ELA 0 1.103 06/10/2012 - 09:14 Portuguese
Poesia/Meditación A MINHA ALMA SOU EU 0 2.348 06/10/2012 - 09:13 Portuguese
Poesia/Meditación NUNCA 0 929 06/10/2012 - 09:10 Portuguese
Poesia/Meditación INIMIGOS 2 2.344 06/09/2012 - 23:32 Portuguese
Poesia/Meditación A NECESSIDADE 2 1.538 06/09/2012 - 18:38 Portuguese
Poesia/Pensamientos ÓDIO 2 1.588 06/09/2012 - 10:01 Portuguese
Poesia/Cumpleaños SABER AMAR 0 4.681 06/09/2012 - 09:53 Portuguese
Poesia/Pensamientos ENIGMA 0 2.353 06/08/2012 - 10:41 Portuguese
Poesia/Pensamientos VIDA E AMOR 0 537 06/08/2012 - 10:36 Portuguese
Poesia/Amor SOFRO POR TI 0 3.450 06/07/2012 - 10:08 Portuguese
Poesia/Meditación NÃO QUERO LEVAR A VIDA A SÉRIO 0 2.999 06/07/2012 - 10:08 Portuguese
Poesia/Meditación VENCIDOS E VENCEDORES 0 2.132 06/07/2012 - 10:05 Portuguese
Poesia/Amor ESQUECE-ME 0 3.652 06/06/2012 - 09:06 Portuguese
Poesia/Pensamientos SE AS ONDAS DO MAR FALASSEM 0 1.512 06/06/2012 - 09:02 Portuguese
Poesia/General ESCUTA PÁRA E OLHA 0 1.779 06/06/2012 - 08:58 Portuguese