INQUIETUDE

Inquietude

 

 

 

Ladram os cães à madrugada,

Parece que acordou zangada,

Os cães mordem o frio,

Enquanto o Sol é vadio.

 

Latidos dos cães na noite calada,

Fizeram acordar a fria madrugada,

O silêncio se partiu em pedaços,

E acordaram os meus passos.

 

Fui à janela, a rua estava vazia,

A madrugada nada dizia,

E o vento não dizia nada,

Estava quieta a madrugada.

 

Ouvia os cães no seu latir,

Parecendo – me que estavam a fugir,

Não sei se era da madrugada,

Ou da noite que não dizia nada.

 

Os cães continuavam a ladrar,

E eu só olhava sem falar,

À espera da voz da madrugada,

Mas ela não dizia nada.

 

Ouço um grito na noite muda,

Parecia – me alguém a pedir ajuda,

Mas julgo que é minha imaginação,

Mas nada ouvi a não ser a voz de um cão.

 

Fiquei inquieto nesta madrugada,

Mas afinal não era nada,

Sou eu apenas no meu sonhar,

Julgava a madrugada a ladrar.

 

 

 

Tavira, 30 de Julho de 2010 – Estêvão

 

 

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Lunes, Febrero 18, 2013 - 11:19

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José Custódio Estêvão

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