eterno retorno
paulo monteiro
enquanto este poema pequenino
parece desafiar o mundo astuto
eu vivo do meu susto afeito ao tema
que aperto contra o peito
antes que a terra me receba no seu ventre
e por viver dessa contradição
meu coração se afasta lentamente
como a buscar a eterna des-razão
do tempo em que eu já era o que não fui
e assim escravo de mim mesmo
escrevo minha própria história
no pó que sou e me eternizo
no pó que um dia hei de ser
e o ser eterno vir-a-ser há de guardar-me
serenamente no seu ventre e recolher-me
ao eterno retorno simplesmente
com a calma das coisas sem alarme
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Sábado, Junio 27, 2009 - 01:33
Poesia :
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Comentarios
Re: eterno retorno
enquanto este poema pequenino
parece desafiar o mundo astuto
eu vivo do meu susto afeito ao tema
que aperto contra o peito
antes que a terra me receba no seu ventre ...
Está um grande e bom poema!!!
:-)
Re: eterno retorno
prezado henrique
obrigado pela leitura dos meus poemas e pelos comentários generosos
estou trabalhando na publicação de um livro reunindo alguns artigos e ensaios e properando um livro sobre poesia gauchesca, a poesia popular comum ao sul do brasil e às campinas do uruguai e da argentina
isso faz com que eu tenha publicado menos
um grande fraterno e agradecido abraço do
paulo monteiro