O VENTO




O vento

 

 

O vento raptou os malmequeres do campo,

Que o cobriam de cor amarela e branco,

As suas pétalas voavam como se fossem penas,

De pombas brancas que cobrem o céu,

O campo ficou tão despido que depressa entristeceu,

E as suas terras secas ficaram morenas.

 

As lágrimas caídas do céu encheu o campo de alegria,

Depressa o Sol chegou da noite para o dia,

E outros malmequeres começaram a nascer,

A cor a vida voltaram depressa aconteceu,

E o tempo que tinha fugido depressa volveu,

E até o céu que tinha chorado ficou limpo para ver.

 

O campo sorriu e os seus malmequeres ganham cor,

E pediu ao vento com muito querer e amor,

Que tivesse mais cuidado que não fosse tão violento,

E vento pediu desculpa pela sua tempestade,

Mas precisava de soprar com toda a sua majestade,

Já não podia suportar os grandes gritos do tempo.

 

Os malmequeres chegaram com a sua Primavera,

Já não podiam esperar tanto tempo de espera,

Os sorrisos, os pássaros voando também chegaram,

O campo voltou a ficar alegremente colorido,

Até o vento perdeu a força e ficou seu amigo,

E por fim os pássaros de contentes chilrearam.

 

 

 

Tavira, 3 de Julho de 2010 – Estêvão

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Sábado, Marzo 30, 2013 - 11:54

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José Custódio Estêvão

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