Como um pensamento que te s'crevo...
COMUM…
Não sendo meu, o que escrevo e penso,
Sinto-me escravo de sentires d’outra gente
Que eu não, embora possa ser o desespero
Meu, o qu’essa gente de escreveres sentiu,
Antes d’ser meu, o pensar qu’esse alguém, m’deu…
Talvez m’alumie, ou não, um comum
Deus de gente, porventura contraditória….
Talvez nã’s’importe dos pensares, (antes d’meus,
Sejam d’outros e d’lugar algum).
Nã’sendo meu, o que penso e’screvo
Coleciono ilhas no pensamento, ó invés d’covas
Na praia, como fazem, tod’as crianças
E uma suprema’dor, sem qu’o saiba porquê
E por’quando…
Tendo a sensação, con’efeito, de nada ser meu,
Mas, paradoxalmente hei – d’nos ossos ter tant’outra gente.
Com particular direito, à má tristeza de d’esta Terra toda,
Sendo todavia comum a todos,-"os pensamentos que te s'crevo-
Joel matos (11/2013)
http://namastibetpoesms.blogspot.com
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