Quais
Homens bárbaros açoitam a noite
e abortam os sonhos a serem sonhados.
Miragens e imagens confundem-se
entre as sacras proibições,
pois dizem necessária
a regência da melancolia.
Ontem eu vi uma tristeza de adeus
e o corpo que me aqueceria
perdeu-se na multidão de tantos sozinhos.
Foram tantos os brilhos
e, no fim, só essas marcas nos ladrilhos
e talvez a prepotência dos gatilhos.
Em qual esquina os ventos levaram as nossas vidas?
Quando voarão as tristes aves do céu sem estrelas
e qual amanhã despertará os últimos canteiros?
Que ouro saldará a miséria das almas
e qual fonte lavará
a mágoa do amor perdido
que se deita ao meu lado?
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Miércoles, Enero 8, 2014 - 11:35
Poesia :
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