Evoé

Renasceu o delírio, moça.
E as vinhas, de novo,
repõe os sonhos perdidos.

Ressurgiram as Dionisíacas.
E foram reabertas
as Sete Portas de Tebas.

Andemos nas enxurradas,
pois eis que as chuvas escasseiam
e é tempo de nada perdemos.
Amemo-nos como se Afrodite
concedesse-nos a noite infinda.

Abrevies a tua volta,
pois é largo o Oceano
e crescente a saudade.

Não demores, pois o amor 
reclama o teu corpo
e ressente-se de tua alma ausente.

É preciso que as Odisseias terminem
porque as Ilíadas já foram vencidas.
Agora, é tempo da claridade
e de vivermos a nossa verdade.

Evoé!

Lettré, l´art et la Culture. Rio de Janeiro, Primavera de 2014.

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Miércoles, Diciembre 3, 2014 - 00:17

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fabiovillela

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