E no entre-Tanto faço caminho

É na hora das Trindades,
a hora do tudo ou do nada
que licito peça a peça
o todo do nada
que à nascença me foi legado.
Ocupo um ínfimo espaço
entre diversas velharias
num bricabraque como destino
onde almas gemelares
ao Destino foram prometidas.
Recuso-me a este leilão,
mercado de escravidão,
vida desprovida de sentido.

E na hora das Trindades
adormeço horas desassossegadas.

Depois em noites estreladas,
num céu de luz bordado,
sei que não sou obrigada
a ter um único caminho.

(Tanto ser, tanto fazer,
tanto eu a acontecer.
E no entre-Tanto
sou-me en-canto…)

É na hora das Trindades
que, por fim, faço caminho…

OF – 13-05-15
Obra de Amadeo Modigliani (ver em http://portate-mal.blogspot.pt/2015/07/e-no-entre-tanto-faco-caminho.html#comment-form )

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Jueves, Julio 2, 2015 - 22:55

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Odete Ferreira

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