ATÉ O MAR
Até o mar naufraga na mente dos homens que querem ser os donos do impossível mas, será este mesmo impossível que o vai ensinar a ser humano? Nunca o será e a sua inteligência vai ser a negação da continuidade da sua existência no seu futuro que eles próprios planeiam todos os dias mas, pelos caminhos que eles percorrem nunca chegarão a ser os deles mas, sim de outro mundo que virá substituir o que eles habitam.
É triste que o homem seja extinto pela sua própria inteligência que naufragará no mar que ele matou. O seu criador sobrenatural imaginário será desprezado por ele quando se julgar completamente rei e senhor do impossível que é igual ao Nada, quando o Nada mandar.
Tudo isto parece sinistro mas não o é; a realidade futura virá um dia e, nessa altura já é tarde demais, porque o seu pensamento já não pensa e outros pensamentos trarão um outro futuro completamente novo, substituirá o velho que deixou de funcionar, pois o homem matou o seu próprio mundo onde vivia e por isso, já não existe, vai morrer com ele e outro mundo novo nascerá mas, só quando o seu próprio pó como vestígio da sua existência já se ti ver diluído no tempo e para sempre e jamais será recordado por qualquer outro mundo novo, pelo mal que fez ao seu.
Por tudo isto não culpem ninguém, porque o culpado já está encontrado, é o próprio homem.
Meu querido mundo:
Escrevi - te há muito tempo e nunca me respondeste; ou me desprezaste ou te mataram.
Se um dia receberes esta carta não vale a pena responderes, porque eu já não moro no lugar onde morava, estou no outro lado do infinito, misturado com o pó da Terra que me servirá de agasalho para o sempre e ninguém mais me encontrará; só espero que o futuro homem te torne num mundo novo; não me estou a despedir mas, a prever o futuro, que não é loucura minha, nem estou a sonhar, é apenas a minha constatação mental.
Toda a sociedade humana de que fazia parte, acompanhou - me no mesmo destino; toda ela já não chora porque as lágrimas secaram no mar de tantas maldades que ela praticou neste planeta e a sua natureza, revoltada decidiu expulsar – nos para sempre da vida que nos deu e nós não a consideramos a coisa mais preciosa do mundo.
Não lamentes porque a sociedade humana tinha consciência do mal que fazia, tendo sido avisada pela natureza milhares de vezes e não quis ouvir, portanto, quem tem consciência do mal que faz, não tem perdão.
Adeus e até ao regresso do mundo novo e nessa altura até pode ser que exista mas, se calhar incarnado nalgum animal inofensivo e não noutro ser humano para que não torne a fazer as mesmas maldades.
Submited by
Prosas :
- Inicie sesión para enviar comentarios
- 1847 reads
other contents of José Custódio Estêvão
Tema | Título | Respuestas | Lecturas | Último envío | Idioma | |
---|---|---|---|---|---|---|
Prosas/Pensamientos | MEDIITAÇÃO | 1 | 397 | 04/17/2012 - 00:22 | Portuguese | |
Poesia/Meditación | A VIDA | 1 | 1.829 | 04/17/2012 - 00:21 | Portuguese | |
Poesia/Meditación | JULGAR PELA APARÊNCIA | 1 | 2.875 | 04/17/2012 - 00:19 | Portuguese | |
Poesia/Meditación | E TUDO O TEMPO APAGOU | 1 | 1.233 | 04/17/2012 - 00:16 | Portuguese | |
Poesia/Meditación | Humanos somos? | 1 | 1.345 | 04/17/2012 - 00:15 | Portuguese | |
Poesia/Meditación | MEDITAÇÃO | 1 | 3.634 | 04/17/2012 - 00:13 | Portuguese | |
Prosas/Pensamientos | HUMANIDADE | 1 | 777 | 04/17/2012 - 00:11 | Portuguese | |
Poesia/Meditación | SORTE | 2 | 2.083 | 04/17/2012 - 00:10 | Portuguese | |
Poesia/Amistad | PAULA | 1 | 2.285 | 04/17/2012 - 00:08 | Portuguese | |
Poesia/Dedicada | COMO O TEMPO PASSA! | 1 | 2.783 | 04/17/2012 - 00:07 | Portuguese | |
Poesia/Meditación | POBRE | 1 | 2.261 | 04/17/2012 - 00:04 | Portuguese | |
Poesia/Meditación | VONTADE | 1 | 857 | 04/17/2012 - 00:02 | Portuguese | |
Poesia/General | POMBA PRETA | 1 | 1.168 | 04/16/2012 - 23:59 | Portuguese | |
Poesia/Desilusión | Mentes | 1 | 1.262 | 04/16/2012 - 21:09 | Portuguese | |
Poesia/Amor | SENTIMENTOS | 3 | 1.462 | 04/16/2012 - 21:08 | Portuguese | |
Poesia/General | PIRANHAS | 1 | 1.124 | 04/16/2012 - 21:07 | Portuguese | |
Prosas/Pensamientos | Parar para pensar | 3 | 2.609 | 04/16/2012 - 21:06 | Portuguese | |
Poesia/Meditación | UM OLHAR | 1 | 1.632 | 04/16/2012 - 21:03 | Portuguese | |
Poesia/Amor | EXPERIÊNCIA DE AMOR | 1 | 4.116 | 04/16/2012 - 21:03 | Portuguese | |
Poesia/Amor | AQUELES BEIJOS | 1 | 1.329 | 04/16/2012 - 21:01 | Portuguese | |
Poesia/Meditación | MUSA | 1 | 1.631 | 04/16/2012 - 21:00 | Portuguese | |
Poesia/Comedia | PELAS FREGUESIAS | 2 | 2.309 | 04/16/2012 - 20:57 | Portuguese | |
Poesia/Meditación | DIREITO Á DIFERENÇA | 1 | 2.118 | 04/16/2012 - 20:56 | Portuguese | |
Poesia/Amor | Mãe | 1 | 3.118 | 04/16/2012 - 20:55 | Portuguese | |
Poesia/Meditación | SE EU FOSSE UM PINTOR | 1 | 2.068 | 04/16/2012 - 20:54 | Portuguese |
Add comment