MAR DA VIDA

 

Nada – se no mar da vida, envoltos em bonanças e tempestades e sobreviverão sempre os mais resistentes, que lutam, para obter da vida, o que se pretende; estas vitórias são sempre as mais gloriosas; nas bonanças do mar da vida não custa nada nadar para a terra desde que se saiba nadar, porque para fazê – lo no mar da vida é preciso aprender a saber nadar para não irmos ao fundo e morrermos afogados mesmo em pouca água.

Mesmo sabendo nadar, às vezes pelo cansaço de lutar para sobreviver, temos a tendência para abandonar a vitória da vida; é  nestas circunstâncias que se destacam os mais lutadores e corajosos e amantes da vida, portanto, em circunstância alguma devemos deixar de nadar para a terra; desistir, só os fracos o fazem.

Nada pior do que deixar de nadar, ao mínimo cansaço ou contrariedade, porque a vida tem um valor inestimável e só existe uma em cada ser humano, sempre com um futuro pela frente; por ela devemos lutar até à exaustão, porque só com ela alcançaremos, a maior vitória do mundo- viver.

O homem cada vez despreza mais a sua vida, por tudo e por nada, matando – se uns aos outros, como se ela não valesse nada e como se tivessem a possibilidade de terem outras.

Nadar num mar de amor mas, lutando honestamente, para alcançarmos a felicidade, nada mais vitorioso existe mas, infelizmente, para alguns, a sua vitória, não é vencer na vida por mérito próprio, mas sim derrotar ou matar o próximo, para poderem viver com glória, com os seus argumentos da força, à sua maneira, e quanto mais derrotarem ou matarem mais heróis serão, perante a sociedade em que estão inseridos.

É este o conceito que tenho da sociedade humana e ela esquece – se que um dia, o mar da vida pode secar ou transformar – se num pântano, onde todos se podem atolar para sempre, nesse mar que ela própria criou; o homem não aprende, as lições que a vida lhe dá, tendo apenas como objectivo, a guerra, o poder e o dinheiro, esquecendo – se também que, a sua travessia neste mar é passageira e curta e que mais vale viver com amor do que com ódio que o corrompe e atropela – lhe a mente; com a bonança a possibilidade de salvar é muito maior e que não vale a pena chamar a morte precocemente, porque um dia, ela se encarregará de o fazer.

e para isso é preciso lutar muito para a vida nos dar aquilo que quisermos alcançar mas, sem impedir que os outros voltem do mar.

O homem é um animal que nunca se contenta com o que tem, quer sempre mais e mais, nem que tenha que matar o seu semelhante, vivendo num mar de inveja, se outros semelhantes têm mais do que ele, esquecendo – se que, a inveja é como uma serpente que rói o cérebro e corrompe o coração; nada disto preocupa o homem, o que ele quer é poder e dinheiro para dominar, pisando ou matando quem se atravessar na sua frente que pretenda impedi – lo de atingir o seu objectivo maligno, o dinheiro, como se fosse o ar que respira.

Nunca se deve invejar o que os outros têm mas, trabalhar honestamente que a sua sorte também há – de chegar.

Cada tem aquilo que para si deseja e por isso nunca se deve desejar aquilo que os outros alcançam como seu esforço, nem tirar o pão da boca de quem o tem; deve lutar sim para ter igual ou melhor, sem melindrar o seu semelhante, para que a consciência tenha paz.

Podem dizer que sou um poeta ou um visionário que apenas vive da ilusão mas, penso que esta ilusão de ter amor e paz para toda a humanidade, se tornasse realidade, faríamos a travessia do mar da vida muito mais felizes, pois não se deve fazer aos outros, o que não queremos que nos façam a nós.

É muito melhor fazer a travessia de consciência tranquila mesmo que seja num mar encrespado.

 

 

 

 

 

 

 

Submited by

Miércoles, Junio 29, 2016 - 09:53

Prosas :

Sin votos aún

José Custódio Estêvão

Imagen de José Custódio Estêvão
Desconectado
Título: Membro
Last seen: Hace 2 años 15 semanas
Integró: 03/14/2012
Posts:
Points: 7749

Add comment

Inicie sesión para enviar comentarios

other contents of José Custódio Estêvão

Tema Título Respuestas Lecturas Último envíoordenar por icono Idioma
Poesia/Comedia PESQUEI UMA BOTA 0 1.001 05/28/2012 - 10:53 Portuguese
Poesia/General RELÓGIO DA TORRE 0 246 05/28/2012 - 10:49 Portuguese
Poesia/Fantasía FANTASIA 0 506 05/27/2012 - 00:28 Portuguese
Poesia/Meditación FOGO 0 780 05/27/2012 - 00:23 Portuguese
Poesia/Meditación QUANDO TINHA A TUA IDADE 0 584 05/27/2012 - 00:16 Portuguese
Poesia/Meditación O VELHINHO 0 579 05/26/2012 - 11:14 Portuguese
Poesia/Amor POR AMOR 0 408 05/26/2012 - 11:12 Portuguese
Poesia/Meditación ÁRVORE DE PEDRA 0 449 05/26/2012 - 11:10 Portuguese
Poesia/Pensamientos A MINHA CAMA 2 650 05/25/2012 - 19:45 Portuguese
Poesia/General SONETO À CRISE 2 791 05/25/2012 - 19:43 Portuguese
Poesia/Desilusión GALINHEIRO 2 1.056 05/25/2012 - 19:41 Portuguese
Poesia/General UM PEIXE 2 436 05/24/2012 - 16:21 Portuguese
Poesia/Pensamientos ABUTRES 2 1.124 05/24/2012 - 16:17 Portuguese
Poesia/Pensamientos ENTRE A VERDADE E A MENTIIRA 2 1.111 05/24/2012 - 16:00 Portuguese
Poesia/Meditación NAQUELE TEMPO 2 606 05/24/2012 - 09:53 Portuguese
Poesia/Amor ROSAL 1 746 05/24/2012 - 03:53 Portuguese
Poesia/Pensamientos VENTO 1 546 05/24/2012 - 03:52 Portuguese
Poesia/Pensamientos AMBIÇÃO DEMASIADA 1 1.337 05/24/2012 - 03:51 Portuguese
Poesia/Pensamientos A FORÇA DA VIDA 3 3.610 05/24/2012 - 03:11 Portuguese
Poesia/Amor PAI E MAE 1 1.052 05/24/2012 - 03:03 Portuguese
Poesia/Pensamientos NADA É INSIGNIFICANTE 4 1.784 05/22/2012 - 09:41 Portuguese
Poesia/Amor DESCENDÊNCIA 2 549 05/22/2012 - 09:36 Portuguese
Poesia/Amor SEMENTES 2 768 05/22/2012 - 09:32 Portuguese
Poesia/Meditación O TEMPO QUE É TEU 3 1.244 05/21/2012 - 09:52 Portuguese
Poesia/General A TERRA QUE EU PISO 1 665 05/21/2012 - 04:15 Portuguese