PENSAMENTOS
18
Nós, os humanos vivemos numa época que desconfiamos e temos medo uns dos outros; vivemos no mesmo planeta e nunca nos conhecemos totalmente, nem mesmo dentro da própria família; isto não é viver, é morrer de mesquinhez e com falta de lealdade e de franqueza; é assim, porque a sociedade em que vivemos é turbulenta, azeda e vai perdendo aos poucos a sua humanidade e por este andar há – de chegar o tempo em que não nos entendemos a falar mas sim a matar.
Acho que o animal chamado homem sempre foi assim, desde que nasceu a primeira semente, sofrendo sempre de qualquer disfunção mental e por isso mesmo, sabendo nadar na vida, tenta sempre afogar o próximo para ter mais mar para ele; se o homem não tivesse regras para viver em sociedade, já não existia, já se tinha afogado há muito tempo no próprio mar que nasceu.
A prova disto, é que ele tem de ser disciplinado para viver e respeitar a vida dos outros, no entanto, existem sempre os prevaricadores que precisam da justiça implacável para poder viver em sociedade.
Até parece que, o mundo em que vivemos é como uma selva humana, onde impera a lei do mais forte; será que não é assim? Quem não sofreu já injustiças, atropelos ou discriminações? Basta pensar um pouco e neste mar da vida, de certeza que nos sucedeu levarmos com ondas de maldade; o que é preciso é estarmos preparados para tudo, especialmente no meio de toda a gente, para nos podermos conhecer melhor para nos podermos defender das agressões uns dos outros; não é fugindo, nem nos isolando da sociedade que nos defendemos melhor, antes pelo contrário, somos muito mais vulneráveis e mais facilmente detectados e com mais possibilidade de sermos alvo das ondas de maldade; por isso, nada melhor do que nos misturarmos uns com os outros, dentro da sociedade humana, para que a nossa defesa seja mais fácil e conhecermos melhor os nossos semelhantes; naveguemos no mar da vida mas, sempre em alerta máximo, porque as tempestades na sociedade de hoje, espreitam a qualquer momento e nos podem atirar contra as rochas.
Neste mar em que navegamos, olhemos sempre para o farol da esperança que, nos há – de guiar neste mar encapelado da vida, para chegarmos a bom porto, não esquecendo que, nós somos aquilo que quisermos ou podermos ser; pode ser que um dia, o farol da esperança ilumine a mente dos homens, com a luz da paz e do amor que bem falta fazem no mundo de hoje; a esperança é sempre a última coisa a morrer mas há muitos que preferem matar a esperança dos outros para viver.
Quando o farol da esperança se apagar, podemos ter a certeza, que nós nos apagamos com ele, porque sem esperança ou fé, não vale a pena viver, ou nem sequer devíamos ter nascido; a esperança e a fé confundem – se, são as duas a mesma coisa e são elas o único motivo que nos faz viver.
Atenção, também não se deve viver só para comer mas, sim comer para se viver e alcançaremos o nosso objectivo que fica sempre mais além, portanto, o homem, nunca o alcançará, porque quer sempre ir mais além e por isso é que temos no mundo de hoje tantos inventos e a ciência e a tecnologia galopam a toda a força; se não fosse assim, ainda andaríamos com uma folha de parra esconder o sexo, ou seja parados no tempo. Muitos pensarão: com o mundo que temos hoje não valia mais a pena estarmos na época da folha da parra? Não concordo com este pensar, temos é que nos unirmos enquanto é tempo, e fazermos com que o mundo seja melhor e isso está ao nosso alcance, o homem é que não quer mas, um dia ele vai aprender se tiver tempo para isso. Portanto, devemos estar sempre preparados para as mudanças da sociedade, senão ficamos para trás e só apanhamos o que os outros não querem; por isso é que esta sociedade é tão competitiva mas, ao mesmo tempo impiedosa e desumana.
Citando Alberoni, todos devemos lutar pelo primeiro lugar mas, sem ódios e segundo as regras imparcialmente
Submited by
Prosas :
- Inicie sesión para enviar comentarios
- 2225 reads
other contents of José Custódio Estêvão
Tema | Título | Respuestas | Lecturas |
Último envío![]() |
Idioma | |
---|---|---|---|---|---|---|
Poesia/Meditación | NÃO QUERO O SILÊNCIO | 2 | 1.930 | 06/30/2012 - 20:27 | Portuguese | |
Poesia/Meditación | VENTOS | 2 | 3.049 | 06/30/2012 - 10:19 | Portuguese | |
Poesia/Meditación | O PREÇO DE VIVER | 0 | 2.135 | 06/30/2012 - 10:15 | Portuguese | |
Poesia/General | TOCAM OS SINOS | 0 | 2.060 | 06/30/2012 - 10:02 | Portuguese | |
Poesia/Tristeza | SOMBRAS | 2 | 3.383 | 06/29/2012 - 22:54 | Portuguese | |
Poesia/Pensamientos | MANDO O MEU OLHAR | 2 | 1.507 | 06/29/2012 - 15:17 | Portuguese | |
Poesia/Amor | DUAS MÃOS | 0 | 1.384 | 06/28/2012 - 09:44 | Portuguese | |
Poesia/Pensamientos | ABRAÇOS | 0 | 3.077 | 06/28/2012 - 09:41 | Portuguese | |
Poesia/Amor | O MEU MENINO | 0 | 1.482 | 06/28/2012 - 09:37 | Portuguese | |
Poesia/Pensamientos | ATROPELOS | 0 | 2.905 | 06/27/2012 - 09:56 | Portuguese | |
Poesia/Pensamientos | PESCADOR | 0 | 3.252 | 06/27/2012 - 09:53 | Portuguese | |
Poesia/Dedicada | VOU MAS VOLTO | 0 | 2.423 | 06/27/2012 - 09:47 | Portuguese | |
Poesia/Meditación | CEDO APRENDI | 0 | 7.598 | 06/26/2012 - 10:27 | Portuguese | |
Poesia/Meditación | MUDAM-SE OS TEMPOS | 0 | 2.551 | 06/26/2012 - 10:16 | Portuguese | |
Poesia/Pensamientos | VELAS AO VENTO | 0 | 2.466 | 06/26/2012 - 10:09 | Portuguese | |
Poesia/Alegria | A COR DO CÉU | 4 | 4.356 | 06/25/2012 - 13:49 | Portuguese | |
Poesia/Pensamientos | TODOS DIFERENTES TODOS IGUAIS | 0 | 2.298 | 06/25/2012 - 10:41 | Portuguese | |
Poesia/Pensamientos | ISOLAMENTO | 0 | 2.706 | 06/25/2012 - 10:36 | Portuguese | |
Poesia/Pensamientos | MUDARÁ O HOMEM? | 0 | 2.487 | 06/25/2012 - 10:32 | Portuguese | |
Poesia/Amor | SONHEI | 0 | 3.136 | 06/24/2012 - 00:51 | Portuguese | |
Poesia/Meditación | CORDEIROS | 0 | 1.423 | 06/24/2012 - 00:47 | Portuguese | |
Poesia/Erótico | APENAS UM SONHO | 0 | 3.902 | 06/24/2012 - 00:37 | Portuguese | |
Poesia/Meditación | DESTINO | 2 | 1.560 | 06/23/2012 - 22:48 | Portuguese | |
Poesia/General | ENTRE AS NUVENS | 0 | 1.883 | 06/23/2012 - 10:49 | Portuguese | |
Poesia/General | OS GRILOS | 4 | 1.706 | 06/23/2012 - 10:38 | Portuguese |
Add comment