Ao romper da nova aurora ou Ao cair as verdades arbitrárias

Ao romper da nova aurora, ao nascer dos novos dias
tu ainda andas às cegas, tateando as velhas vias.
Nada enxergas, nada sentes, sabes pouco e acreditas
no que dizem teus sentidos e razões tão sem medidas.

Incapaz de se dar conta do mistério, da magia,
dos milagres corriqueiros que acontecem todo dia,
te deixas levar por velhas e arcaicas convicções
que devoram tua vontade e te imputam opiniões.

Os valores obsoletos que te pesam sobre as costas
te curvam, impiedosos, deixam fraturas expostas;
quebram a tua alma com a falta de liberdade,
deixam marcas profundas, mais profundas que as da idade.

Tua mente e teu espírito, trancados a contento
vagueiam na pequena área de teu conhecimento.
Aquilo que é sagrado restringe as reflexões
e pensas que tu sabes, mas tuas verdades são jargões!

Nunca deixes que a vida se transforme em rotina,
em hábito automático ou costume ou numa sina.
Teu hoje é teu amigo e mais precioso tesouro.
Teu presente é valioso, vale muito mais que ouro.

Abre os olhos e reflete, sê a mais livre criatura.
Solta-te de tuas amarras, derruba tua armadura.
A verdade triunfará sobre as mentiras centenárias
e o mundo tremerá ao cair as verdades arbitrárias.

Submited by

Miércoles, Julio 27, 2016 - 17:52

Poesia :

Su voto: Nada (6 votos)

MaynardoAlves

Imagen de MaynardoAlves
Desconectado
Título: Membro
Last seen: Hace 2 semanas 3 horas
Integró: 05/02/2010
Posts:
Points: 597

Comentarios

Imagen de MaynardoAlves

Ao romper da nova aurora ou Ao cair as verdades arbitrárias

Texto sobre a necessidade de sempre (re)pensarmos sobre a vida e as coisas que nos cercam, na tentativa de desbanalizarmos o banal e transvalorizarmos os velhos valores.

Add comment

Inicie sesión para enviar comentarios

other contents of MaynardoAlves

Tema Título Respuestas Lecturas Último envíoordenar por icono Idioma
Poesia/Aforismo O vinhedo universal 1 1.888 02/06/2020 - 14:39 Portuguese
Poesia/Meditación Metamorfose filosófica: bênção ou maldição? 1 2.378 12/03/2018 - 16:23 Portuguese
Poesia/Intervención Aos vivos que ficam ou Epitáfio II 1 1.791 10/09/2018 - 13:41 Portuguese
Poesia/General Meu pequeno depoimento em prol do ateísmo 0 1.434 09/26/2018 - 01:17 Portuguese
Poesia/General Revolucionário... revolucionário!? 1 1.536 09/25/2018 - 18:12 Portuguese
Prosas/Otros Meu pequeno depoimento em prol do ateísmo 0 1.853 09/19/2018 - 20:13 Portuguese
Poesia/Meditación O legado de um filósofo 1 1.636 09/17/2018 - 20:45 Portuguese
Poesia/Intervención Os novos mandamentos (ou melhor, conselhos) 1 2.050 08/29/2018 - 00:53 Portuguese
Poesia/Fantasía O jardim de Epicuro 1 1.952 08/22/2018 - 17:14 Portuguese
Poesia/Tristeza Em (des)construção 1 1.951 08/10/2018 - 15:46 Portuguese
Poesia/Tristeza Máquina do tempo 1 2.214 08/08/2018 - 17:28 Portuguese
Poesia/Tristeza Valores familiares 1 1.976 08/08/2018 - 17:21 Portuguese
Poesia/Pensamientos Um lugar para chamar de seu 1 2.038 08/08/2018 - 17:14 Portuguese
Poesia/Meditación Humilde-se! 1 1.892 05/21/2018 - 12:41 Portuguese
Poesia/Tristeza Um inferno (para um poeta) 1 2.079 05/21/2018 - 12:34 Portuguese
Prosas/Otros Onde? 2 1.856 03/08/2018 - 18:41 Portuguese
Poesia/Comedia Meu amigo ócio 4 2.102 03/06/2018 - 16:20 Portuguese
Poesia/General Promessas para uma vida nova 2 2.354 03/05/2018 - 21:09 Portuguese
Poesia/Meditación Se Deus existisse... 4 1.830 03/05/2018 - 20:56 Portuguese
Poesia/Intervención Onde? 18 2.423 01/03/2018 - 19:28 Portuguese
Poesia/Meditación Um instante infinito 1 1.891 11/17/2017 - 15:00 Portuguese
Poesia/Desilusión Ainda no exílio (desde os dias de Gonçalves Dias) 1 2.201 11/08/2017 - 12:38 Portuguese
Poesia/Canción Sem título (por luto) 1 1.972 10/27/2017 - 15:34 Portuguese
Poesia/General Mensagem 1 2.077 03/27/2017 - 14:50 Portuguese
Poesia/Aforismo O exagero de Sócrates 0 1.795 10/14/2016 - 20:50 Portuguese