[Poesia do fim]

Quantos infernos existem na terra?
Quantos abismos existem na solidão?
Quanto desespero cabe em uma noite?
Que quantidade de medo,
É capaz de afogar um coração...
Quantas vidas aflitas,
Se cruzam sem saber.
Quantos estranhos
Choram na mesma noite...
Por desilusão.
A voz da loucura
Faz as mãos tremulas,
Criar coragem...
Mas os pés fracos,
Tropeçam nos próprios pecados.
Quantas janelas, refletem os mesmos rostos.
Quantas ruas escuras,
Escondem as mesmas sombras.
Quantos sonhos mortos pela rotina...
Florescem ao amanhecer do dia.
O vazio do corpo.
O vazio da mente.
O vazio da existência.
Escondidos por entre prédios,
De uma cidade sem cor.
Cujo respiro de vida
Passa despercebido na mistura,
De concreto fé e suor.
O sol que castiga,
A lua que passa despercebida.
Por desejos que não se realizam...
Olhos abertos,
Que não são capazes de ver.
Bocas que proferem palavras,
Impossíveis de compreender.
E o que resta de humanidade,
Insiste em morrer.
A razão não se faz suficiente,
A emoção não é capaz de convencer.
Há tantas coisas perdidas sem perceber.
Que a fé, no fim...
Não é capaz de renovar a esperança,
Porque sempre existe o amanhecer.

Pablo Danielli

Submited by

Lunes, Febrero 19, 2018 - 19:47

Poesia :

Su voto: Nada (1 vote)

Pablo Gabriel

Imagen de Pablo Gabriel
Desconectado
Título: Membro
Last seen: Hace 2 años 43 semanas
Integró: 05/02/2011
Posts:
Points: 2944

Comentarios

Imagen de Joel

INDO POEMA, GOSTEI

INDO POEMA, GOSTEI MUITO!
Meus parabéns,

Imagen de Joel

Escondidos por entre prédios, De uma cidade sem cor.

Escondidos por entre prédios,
De uma cidade sem cor.

Add comment

Inicie sesión para enviar comentarios

other contents of Pablo Gabriel

Tema Título Respuestasordenar por icono Lecturas Último envío Idioma
Poesia/Amor Matar a flor 0 758 01/11/2012 - 11:55 Portuguese
Poesia/Amor Sobre teus passos 0 633 01/11/2012 - 15:08 Portuguese
Poesia/Meditación Pés descalços 0 831 01/20/2012 - 11:36 Portuguese
Poesia/Meditación O pão sobre a mesa 0 793 01/20/2012 - 16:33 Portuguese
Poesia/Meditación Defeitos 0 693 01/21/2012 - 20:52 Portuguese
Poesia/Amor Cicatriz da vida 0 591 01/22/2012 - 17:58 Portuguese
Poesia/Meditación Profere 0 648 01/25/2012 - 13:35 Portuguese
Poesia/Meditación Deixar tudo como está 0 590 01/25/2012 - 13:56 Portuguese
Poesia/Amor Um novo dia Gaúcho 0 626 01/26/2012 - 12:13 Portuguese
Poesia/General Pedidos 0 677 01/27/2012 - 13:09 Portuguese
Poesia/Meditación Governo Absoluto 0 833 09/06/2012 - 12:57 Portuguese
Poesia/Meditación Não é culpa tua 0 661 01/30/2012 - 11:00 Portuguese
Poesia/Amor Duvidas no ar 0 861 01/31/2012 - 13:59 Portuguese
Poesia/Amor Sutil Tristeza 0 738 01/31/2012 - 19:01 Portuguese
Poesia/Amor Que culpa tem o tempo 0 544 02/08/2012 - 09:31 Portuguese
Poesia/Meditación Diferenças 0 724 02/14/2012 - 17:24 Portuguese
Poesia/General Aos olhos do desconhecido 0 773 02/15/2012 - 15:23 Portuguese
Poesia/Meditación Para quem não tem medo 0 787 02/16/2012 - 13:29 Portuguese
Poesia/General Caminho da Vitória 0 810 02/16/2012 - 13:57 Portuguese
Críticas/Varios A falsa moral 0 1.917 02/18/2012 - 11:44 Portuguese
Poesia/Amor A gota 0 1.200 02/19/2012 - 17:53 Portuguese
Poesia/Meditación Alienação 0 639 02/20/2012 - 15:35 Portuguese
Críticas/Varios A tempestade 0 5.467 03/31/2016 - 22:26 Portuguese
Poesia/Amor Sorte sua, sorte minha 0 515 02/22/2012 - 17:54 Portuguese
Poesia/Meditación O pensamento para se libertar 0 684 02/25/2012 - 13:37 Portuguese