A tasca dos abissais…
O meu rosto
É por dentro 100 % escrito,
Outros respiram p’la barriga,
Eu atiro pra fora a desdita,
A sentença que me afoga,
É ditada por outros surdos
Roucos, Sem usufruto, estatuto
Nem ritmo, a rês
Que pasta e excrementa
No trás-do-mundo, na mente
Árida dum louco ou parvo
que trago comigo, de rastos, eu arreado,
Escrevo por falta
De vergonha
Na cara, a minha cova
È o putéfilo
Das reles e feias
Corujas divas, tristes musas,
Três delas seminuas,
Dão-me bofetadas,tabefes
Palavrões e da porrada dura
Em grafittes que ignoro mas depuro,
A trave/escora não suporta
O horror do vício sujo, cujo
Que é acordar acoitado,
Na dimensão paralela
Dita poética,
Eu, mau incriado,
Escrevo por descaramento,
Criado ou Rei cristo,
Grito, nu e destronado,
Em mesas de troncos podres,
Dessas que, mesmo aos Deuses
São vedadas,
-Na tasca dos abissais ritos-
Jorge Santos (02/09/2015)
http://namastibetpoems.blogspot.com
Submited by
Ministério da Poesia :
- Inicie sesión para enviar comentarios
- 1095 reads
other contents of Joel
Tema | Título | Respuestas | Lecturas | Último envío | Idioma | |
---|---|---|---|---|---|---|
Ministério da Poesia/Aforismo | Inquilino | 0 | 5.533 | 11/19/2010 - 19:13 | Portuguese | |
Ministério da Poesia/Aforismo | Pietra | 0 | 4.970 | 11/19/2010 - 19:13 | Portuguese | |
Ministério da Poesia/Aforismo | não cesso | 0 | 4.945 | 11/19/2010 - 19:13 | Portuguese |
Add comment