O Gebo e o Sonho.

Quero morrer de vez e interpretado pra sempre,
Não terei na cartola o axioma do sonho
Nem tirarei qualquer máxima à pena,
Mas morar de mim fora, d’ora
Em diante e apenas, sim, tenho,

Tenho paladar do infinito ao etéreo, insólito
O lugar em que mais sinto imenso, indulto
No ser, é no ser apenso do ser Ser, que invicto
Será, ou talvez seja mau pensar, pensei sendo
Advento meu doutro pressentir desmedido dom.

Como pensei, o facto de escrever e a facilidade
Com que vulgarizo a opinião, fazem duma saudável
Imaginação, uma censurável ofensa do meu jargão
Grosso, ao ser que suspenso, no coração crivo, sirvo
Do apocalipse numa velha batedeira de bolos,

Instigo e contradigo por covardia, como fosse eu
Aliado a um deus adenda, pra me parecer ninguém
Ou Génio desempregado da Albina lâmpada.
Tanto do que já senti, sonhei-o sem mãos, tantos
Sonhos irmãos tive em criança, sabidos ,espertos,

Eram meus, sem os querer por horto de mosteiro.
Quando morrer de vez, para sempre interpretado,
Quero olhar particularmente a realidade,
Nítida e peculiar da matéria que me escravizou,
Do mesmo modo que situo um gebo, na sombra da rua.

Joel Matos (11/2014)
http://namastibetpoems.blogspot.com

Submited by

Viernes, Febrero 23, 2018 - 18:46

Ministério da Poesia :

Su voto: Nada Promedio: 5 (1 vote)

Joel

Imagen de Joel
Desconectado
Título: Membro
Last seen: Hace 5 semanas 4 días
Integró: 12/20/2009
Posts:
Points: 42009

Comentarios

Imagen de Joel

.

.

Imagen de Joel

.

.

Imagen de Joel

.

.

Imagen de Joel

.

.

Imagen de Joel

.

.

Imagen de Joel

.

.

Imagen de Joel

.

.

Imagen de Joel

.

.

Imagen de Joel

.

.

Imagen de Joel

.

.

Add comment

Inicie sesión para enviar comentarios

other contents of Joel

Tema Título Respuestas Lecturas Último envíoordenar por icono Idioma
Poesia/General Im@gine 0 1.984 01/09/2011 - 21:05 Portuguese
Poesia/General Poemas sem ligação (aparente) 0 1.267 01/09/2011 - 21:09 Portuguese
Poesia/General Serões Ideais 0 1.275 01/09/2011 - 21:11 Portuguese
Prosas/Contos Free Tibet 0 1.478 01/09/2011 - 21:14 Portuguese
Prosas/Lembranças Versus de Montanya Mayor 0 1.941 01/09/2011 - 21:20 Portuguese
Prosas/Lembranças Nunca Mais 0 1.190 01/09/2011 - 21:22 Portuguese
Prosas/Mistério O Chico Das Saias 0 1.687 01/09/2011 - 21:26 Portuguese
Poesia/General VOLTEI 2 1.705 01/11/2011 - 00:09 Portuguese
Poesia/Meditación Om... 1 2.248 01/11/2011 - 00:11 Portuguese
Poesia/Erótico Seda Negra 1 1.179 01/11/2011 - 00:19 Portuguese
Poesia/General Manhã Manhosa 2 1.573 01/11/2011 - 11:25 Portuguese
Poesia/General Nem que 3 1.018 01/11/2011 - 11:39 Portuguese
Poesia/General Solidão não se bebe 1 972 01/12/2011 - 03:11 Portuguese
Poesia/General desencantos 0 1.121 01/12/2011 - 16:30 Portuguese
Poesia/General comun 0 1.643 01/12/2011 - 16:34 Portuguese
Poesia/General estranho 0 1.613 01/12/2011 - 16:36 Portuguese
Poesia/General Dispenso-a 0 1.036 01/12/2011 - 16:38 Portuguese
Poesia/General o céu da boca 0 1.016 01/12/2011 - 16:50 Portuguese
Poesia/General Não sei que vida a minha 1 965 01/12/2011 - 22:04 Portuguese
Prosas/Lembranças sete dias de bicicleta pelo caminho de Santiago francês 0 3.017 01/13/2011 - 00:58 Portuguese
Poesia/General Terra á vista 1 941 01/13/2011 - 02:13 Portuguese
Poesia/General O fim dos tempos 0 1.512 01/13/2011 - 11:52 Portuguese
Prosas/Saudade O-Homem-que-desenhava-sombrinhas-nas-estrelas 0 1.729 01/13/2011 - 11:57 Portuguese
Poesia/General Oração a um Deus Anão 0 2.636 01/13/2011 - 11:58 Portuguese
Poesia/Fantasía Roxxanne 0 2.028 01/13/2011 - 12:00 Portuguese